Capítulo 20

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Eu estava com o pulso estendido para o mar desejando um navio quebra-gelo grande o suficiente pra comportar umas três mil pessoas. Mesmo aflita tive que pensar, desejei que ele pudesse funcionar no automático, a possibilidade de ninguém ser capaz de trabalhar depois disso era grande.

E por todas as estrelas no céu, como eu agradecí quando um navio bem maior e bem mais moderno que o titanic apareceu aquilo era praticamente um cruzeiro. Mas ele apareceu como se estivesse vindo de algum lugar, ninguém poderia dizer que ele magicamente apareceu, aleluia.

Ele tinha bastante "andares" e era luxuoso por fora, isso eu não tinha desejado, mas notei que quando eu não desejava o nível de qualidade das coisas, essa tatuagem sempre me dava a melhor possível e impossível.

Muitas pessoas se assustaram e aliviaram quando o viram, mas não tinha absolutamente ninguém naquele navío. Em meio ao choro, desespero, correria e botes descendo para a água, houve silêncio e todos me olharam.

Olhei pro navío ao aonde eles encararam antes de me olhar e no casco do navío estava meu nome bem grande escrito em prata e contornado em ouro. Certo, eu também não esperava por isso.

O navío se aproxima e para, logo uma ponte larga é estendida, ligando ambos.

- Porra! Vocês querem mais convite que isso? Subam logo! - Todos correm para a ponte indo em direção ao enorme convés do "meu navío".

Sei que muitas pessoas ainda não subiram e outros eram suicidas, votei para dentro do Titanic que estava afundando bem rápido.

Vou em direção a cabine aonde o capitão espera a morte no filme, e lá estava ele.

- Hey, velho. Tu não vai morrer não, nem ninguém aqui. Tem uma surpresa pra você me ajudar a entender como usar lá fora. Vai agora e me espera nele que é mais seguro.- Eu mando, ele me olhava confuso e perdido mas curioso sai da cabine e vê o "Florest".

- Mas que raios é...- Ele fala espantado.

- Vai velho, eu tenho coisas pra fazer, tentar botar ordem lá até eu voltar, hm!? - Dou um tapinha no seu ombro e vou até a sala de fumantes.

- Senhor Andrews, nem pra morrer bebendo?- Ele se assusta ao me ver ali.

-Senhorita deve sair daqui o mais rápido possível!- Ele diz e olha ao redor preocupado, deveria estar procurando um colete pra mim. O cara é realmente algo.

- Vai lá fora fazer companhia ao capitão e se culpar junto com ele, hm?! Ele está lá no outro navío. - Digo como quem não quer nada e ele me olha rapidamente quando escuta "outro navío".

- Não brinque com coisas assim senhorita...- Ele diz triste e olha para os pés. Não parecia afundado em algum tipo de culpa. Eu não era alguém que poderia lhe confortar e lhe ajudar com seus dilemas mentais eu tinha o quê fazer, a situação era desesperante!

Me aproximo rapidamente e lhe acerto um tapa.

- Vai lá pra fora, cara!- Digo começando a me desesperar, eu não tinha visto o Jack no convés.

Ele parece acordar pra vida e acena de modo desesperado, acho que ele estava com medo de mim.

Saio de lá e lembro do portão que o Jack teve que arrebentar no filme.

Desço caçando desesperada.

De longe vejo muitas pessoas atrás de um portão mas não tenho vislumbre de Jack ali então não me aproximo estava muito longe pra eu ir até la e eu não tinha tempo, miro na corrente e as pessoas gritam achando que eu atiraria neles, mas atiro na corrente que abre no segundo seguinte.

- Titanic! Tá Zoando!? Onde histórias criam vida. Descubra agora