Capítulo 12

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Permaneço por mais algum tempo observando o mar desde o banco do convés.

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Chego ao meu alojamento o trancando e retirando minhas roupas assim que atravesso a porta do quarto.

Tinha que me preparar para o almoço com o nojento Hockley.

Escolhi um vestido de tom vinho, não era de acordo à está época, mas eu não estava me importando com isso.

Ele tinha uma abertura descente que ia na direção de apenas um joelho e parava um pouco acima.

Hoje eu queria algo que eu fosse capaz de me sentir confortável.

Mesmo não dizendo, eu tenho saudade da minha rotina, dos treinos frequentes, dos estudos, das risadas e apostas no estande de tiro.

Dos meu colegas na academia competindo comigo em força, do meu gatinho: Shadow que estava na casa de um amigo pois o encontramos juntos quando estava ferido na rodovia, mas o Nymor(Meu amigo) não poderia ficar com ele, então eu o adotei e cuidei, mas acredito que era algo como uma guarda compartilhada?

Não tenho algo como família, mas se acalme, não é nada trágico. Desde muito nova via meus e seu relacionamento tóxico, aos quinze eu cansei de conviver com a falta de respeito mutua entre ambos e o estresse que aquilo acabava carregando pra mim.

Então, fiz muitas pesquisas e finalmente consegui um emprego de babá por meio periodo que contratava menores de idade, eu sei: nada sensato da parte do contratante, mas naquela época eu sería a última pessoa a lhe dizer isso.

Com o salário de seis meses eu consegui comprar uma minúscula casa da periferia e segui firme com meus estudos.

Após passar por um aperto em um assédio, comecei a observar as academias de luta desde fora, afinal: precisava me defender.

O professor resolveu me ensinar após um dia em que mesmo no domingo, eu fui até lá e o observei treinar sozinho.

Criamos amizade, ele era um adulto carente e eu uma adolescente precisando de orientação: nos demos bem.

Após saber o suficiente pra quebrar alguém, torturei meu assediador.

Consegui uma bolsa na faculdade e segui como pude.

Foi algo difícil, mas eu lidei. E lidei bem.

Mas não digo que vou lutar com garras e dentes pra ter minha vida de volta, a real é que mesmo que eu sinta falta, não me importa.

Gosto de viver na realidade mesmo que eu tenha sonhos, eu não vivo só deles.

A realidade está aqui e agora.

Mesmo que sinta falta de as vezes, eu tenho prioridades e dou importância à poucas coisas.

Ao menos eu aumentei a intensidade do treino, já que não tenho como aumentar a frequência.

Saio dos meus pensamentos quando termino de fazer um longo rabo de cavalo alto.

Passo um gloss vermelho e desejo brincos pratas que pareciam apenas dois traços retos. Desta vez desejei um salto cone vinho bem escuro. Desejei um prendedor para uma adaga e óbvio, uma adaga prata curta. Prendi na lateral da coxa, imperceptível.

Pronta eu estava.

Sai de meu alojamento o deixando trancado e colocado a pequena chave da porta ao fundo do meu cabelo, era uma mania ao guardar coisas pequenas, não julgue.

Assim que passo pelos corredores sou bombardeada por todo tipo de olhares: Desejo, admiração, surpresa, indignação, inveja, desdém, raiva, e outros mais.

- Titanic! Tá Zoando!? Onde histórias criam vida. Descubra agora