Capítulo 13

2K 150 76
                                    

Jack estava tão sério que eu quase entendi porque ele não gostava quando eu ficava séria.

Agora você me pergunta, por que "quase"? Porque ele estava gostoso pra caralho sério daquele jeito e com aquele cigarro que eu descobri que só fuma quando está nervoso.

- Boa tarde, senhor Dawson. Veio buscar suas coisas, certo? - Me viro para pegar as coisas dele no quarto e escuto a porta da sala ser trancada.

Me viro e vejo ele jogando o cigarro no lixo do canto da sala. Ele ainda não havia dito nada.

- Florest, por quê eu não posso tirar os olhos de você por algumas horas e já tem alguém no seu alojamento? - Ele diz e eu o olho séria.

- Ah, Jack querido. Você olhando ou não, eu coloco quem eu quiser no meu dormitório. Isso não é da sua conta nem no mais mínimo da questão. - Digo séria e algo irritada.

Pelo olhar que ele me deu, notei que não foi bem isso que ele quis expressar, mas eu não ligava, pois foi o quê ele disse.

- Quer saber!? Nem faz sentido eu perder tempo neste tipo de conversa. - Lhe dou as costas e vou para o quarto, junto todas as roupas que havia imaginado pra ele no curto tempo livre que tive mais cedo, suas roupas não estavam em bom estado.

Aproveito e tiro a adaga da coxa, vai que eu surto e mato o Jack sem querer.

Não é porque eu o havia beijado que deixamos de ser amigos ou nos tornamos algo menos ou mais que isso, então resolvi dar de presente, quem diria que eu entregaria nesta circunstância.

Desejo uma bolsa preta que é pequena, porém estica sem arrebentar, e coloquei as roupas lá.

Pus o caderno de desenho e o kit de lápis pra desenho, quando imaginei as roupas eu havia desejado um kit de colorir também.

Apenas coloquei na pasta também, ele pode ver as coisas longe daqui, o quê eu menos quero é dor de cabeça.

Estava tudo arrumado e eu estava levei para a sala aonde ele estava sentado com um olhar pensativo e... triste? Decepcionado? Não sei.

- Hey, as coisas estão aqui. Sei que não tenho direito mas eu gostaria de pedir para você tomar cuidado com as mulheres que desenha ou se envolve, há certas pessoas que são perigosas e com dinheiro elas são monstros. - Digo e coloco a bolsa e a pasta na mesa à sua frente.

- Então, você está, hm bem? - Ele não parecia bem. - Alguém te fez algo? - Mantenho distância porém meu tom era preocupado.

Ele levanta devagar e vem em minha direção ficando à poucos passos de mim. Olhando pra baixo, na minha direção.

- Florest, eu posso te beijar? - Ele diz como se estivesse com medo de eu dizer não. E eu quase disse, ele parecia frágil demais naquele momento.

- Jack, não acho que seja uma boa ideia, você não parece bem. - Digo olhando em seus olhos, que pareciam implorar por um "sim".

- Por favor... - Ele diz e eu tenho quase certeza que seus olhos estavam lacrimejando.

Não respondo, apenas pego em sua mão e o puxo devagar para o quarto.

Tranco a porta ainda de mãos dadas com ele.

O puxo para a cama e antes de subir no tapete ele tira os sapatos com os pés mesmo, parecia não querer que eu o soltasse, eu tirei meus saltos como ele fez.

O puxei em direção à cama e fiz um gesto de cabeça pra ele sentar, o fez.

E logo susurro de forma doce e calma:

- Titanic! Tá Zoando!? Onde histórias criam vida. Descubra agora