Capítulo 22

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- Eu não quero! - Digo brava quase chorando e Jack cai na gargalhada.

- Florest, é só pra deitar.- Diz acariciando meus cabelos e eu viro o rosto para o outro lado, ainda o abraçando porém, emburrada.

Eu estava com preguiça de me expressar e quando tentava ficava confusa e queria chorar então, eu só queria ficar quietinha escutando seu coração, mas ele não colaborava.

Quinze minutos era o tempo que estávamos não beira da cama abraçados, eu não o soltava por nada.

Quando ele tentou levantar eu havia me laçado à ele como um coala à uma árvore fresca.

Ele suspira se vai engatinhando até o centro da cama, Jack era a macaca carregando seu filhote enquanto andava.

Finalmente chegamos ao meio e ele se deitou de barriga bara cima e eu continuei lá, quieta.

Escuto e sinto sua risada, o estremecer do seu peito foi tão gosto que eu fechei os olhos pra apreciar com mais foco.

- Amor...- Susurrou carinhoso.

- Hm!?- Respondo focada em ouvir seu coração batendo.

- Não quer ir explorar o seu navío? Sabia que as portas da ala de refeição só se abrem no horário? E a comida à não ser que seja feita por magia ou fantasmas, é feita por máquinas, interessante, não?- Ele diz entusiasmado.

Ele deslizava os dedos lentamente pelas minhas costas nuas, meus cabelos estavam jogados para o outro lado e a outra mão do Dawson estava entre os fios perto da nuca fazendo um carinho gostoso.

Como ele é capaz de me pedir pra sair daqui?

- Não.- Digo escondendo o rosto no vão do seu pescoço e aproveitando o carinho.

- Hm... - ele estava pensando em algo para sugerir.

-Não.- digo antes mesmo de ele falar algo.

- Florie, eu nem disse nada!- O apelido mudou um pouco, gostei também. Me aconchego mais e dou um beijinho no seu pescoço.

- Eu estou cansada, Sunshine. Hoje quero ver só você, escutar só você, sentir só você. Entende? E também, você é a pessoa com a maior porcentagem de eu não ferir nem que me paguem. - Digo me sentando sobre sua barriga e o olhando enquanto falo.

-Eu estou pensando seriamente em quando vou dar um fim no Caledon, mas antes eu quero ter você aqui, saber que vou matá-lo pelo que tentou fazer e, não pelo que quase conseguiu.- Pergunto com a voz embargada e as lágrimas começaram a fluir.

- Eu não costumo me importar com as pessoas Jack, são sentimentos muito novos e intensos, estou tentando lidar. É a primeira vez que me senti e sinto tão desamparada e desesperada, eu achei que ia perder você, pelos céus!- Digo algo agitada enquanto as lágrimas caem, mas sem gritar.

Jack me puxa de volta até seu peitoral, me abraçando.

- Está tudo bem, hm?! Acha mesmo que está alucinando e eu não estou aqui? Amor, eu me senti tão desesperado quanto, meu coração não sabia o quê sentir quando te vi viva, mas naquela área quase submersa, por minha causa. Eu achei realmente que fosse morrer, mas meu maior desespero era não saber se você estava viva, mas agora eu estou aqui, abraçando o coala mais fofo do mundo. - ele sorri e me dá um beijo de esquimó e eu sorrio também.

- Desculpa, não parei pra pensar em como você se sentiu.- Digo sincera e triste, como pude ser tão egoísta?

Ele arregala os olhos.

- Não, não! Não é assim, Florest! - Ele começa a rir.

- Eu preciso que você entenda que eu estou vivo que também tive medo de te perder. Que não vou à lugar algum que não seja com você. Se quer ficar aqui, tudo bem eu vou permanecer com você, sou todo seu de todas as formas. Só queria te animar de alguma forma.- Ele diz e beija minha testa.

- Titanic! Tá Zoando!? Onde histórias criam vida. Descubra agora