Something old, new, borrowed and blue

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Liz's POV

A casa de Michael era incrível. Não muito grande, mas era o que ele podia pagar.

O primeiro cômodo era enorme, a sala ficava acoplada com a cozinha que eram determinadas pelo balcão iluminado por grandes iluminarias penduradas ao teto. Mas ele moveu os sofás para mais perto da TV no canto do lugar para ampliar seu espaço preferido da casa.

O chão era de uma madeira não muito escura, a mobília era parte nova e parte antiga, vários quadros estavam espalhados pelas paredes junto com inúmeras prateleiras repletas de livros, a cozinha era extremamente bem iluminada o que tornava iluminar a sala ao lado desnecessário, o então balcão ficava no meio do lugar e servia como mesa de jantar, havia um outro mais baixo e grande com um fogão junto onde ele cozinhava, vários DVDs estavam espalhados na mesa de centro da sala e algumas almofadas descansavam no chão perto do sofá principal.

Eles começaram a conversar sobre o restaurante e depois sobre o que planejavam sobre seus futuros, aquilo me fez sentir completamente deslocada. Então me levantei pedindo licença para ver o resto do lugar, já que eu era a única que ainda não o conhecia.

Havia um pequeno corredor com uma porta de cada lado com o quarto de Mike e o banheiro, então, virando à esquerda mais uma pequena porta com um quarto de hóspedes, uma dispensa e, no fim do corredor, havia uma pequena varanda com algumas flores e um banco de madeira.

Me apoiei na grade cinza de ferro e encarei Manhattan a minha frente, os carros corriam, as pessoas passavam acompanhadas delas mesmas ou de outras pessoas, algumas conversavam animadamente e as luzes brilhavam ao fundo. Nova York, a cidade onde tudo é possível... O clichê mais verdadeiro que poderia existir.

Não era para ser assim, mas não estava me sentindo do mesmo jeito com eles. E como poderia? Onde eu estava com a cabeça quando achei que tudo seria o mesmo? Eu fui embora e não deveria ter voltado.

Talvez eles não queiram mais ser meus amigos. Talvez eles me odeiem por ter me mudado. Talvez Nova York não era mais a mesma e eu ainda não havia percebido. Talvez eu havia mudado demais ou eles haviam mudado demais. Talvez eu tenha cometido um grande erro indo embora. Talvez eu esteja apenas me enganando, enganando Peter e o meu coração mais uma vez. Talvez...

- Liz? – meu coração saltou mais forte por um segundo e Chuck se aproximou se apoiando no parapeito da varanda.

- Oi – respondi vagamente.

- Já faz algum tempo que você está aqui... Tudo bem?

- Desculpa, não percebi o tempo passar.

- ...

- ...

- Estou feliz por ter voltado, todos nós estamos. Mas parece que você não.

- O quê?

- Você não queria voltar, queria? – aquilo estava, sem dúvidas alguma, estampado em letras bem grandes e iluminadas em minha testa.

- Chuck...

- Escuta, sei que faz tempo... Mas nenhum de nós, em nenhum momento, deixou de ser seu amigo. Se a qualquer hora você precisasse de nós nesses últimos anos, estaríamos lá. Pegaríamos o primeiro voo até a Austrália atrás de você.

Sorri me sentindo culpada:

- Eu sinto muito por não ter estado aqui... Eu não sabia de nada do que aconteceu.

- Está tudo bem.

- Se quiser conversar, eu estou aqui.

Ele assentiu:

A New Life in NYOnde histórias criam vida. Descubra agora