The Criminal - Meddison

27- Acerto de contas

só tenho isso à dizer: ih, lascou, a vingança começou!!!!!!

[🐈]

Passos lentos.

Luvas apertadas em suas mãos.

Respiração pacífica.

Externando não mais que serenidade e toldando todo o alvoroço que acontecia dentro do seu corpo.

Os scarpins vermelho batiam contra o chão em uma caminhada lenta por aquele gramado bem cuidado. O cigarro preso entre seus dedos indicava a tranquilidade incomum para o momento, dado que, estava eufórica... Mas havia recobrado o controle de suas ações. Seu autocontrole. Sentia-se aliviada, feliz, agitada, ansiosa, suas emoções se misturavam com um único objetivo. Ah, o sorriso... O sorriso que rasgava em seu rosto sempre tão sério era incomum, incomum para todos os seus subordinados que a olhavam com atenção, fascínio e inspiração. Todos queriam obter ao menos um porcento daquela autoconfiança, e daquele poder grandioso o qual ela exalava com tanta facilidade. Todos queriam se basear naquela mulher perigosa e tão dona de si e de suas ações, essa que, apesar de todos os infortúnios em sua vida, permanecia de pé e com sua cabeça bem erguida.

Todos desejavam ser Addison Montgomery.

— Pronta, senhora? — April Kepner questionou encarando-a com atenção, estavam somente à espera de um sinal, um comando para a execução iniciar.

Addison a olhou enquanto soltava a fumaça lentamente por seus lábios pintados de vermelho, sentindo seu corpo relaxar instantaneamente. Aquilo era tão bom... Vício desgraçado!

— Sim. — respondeu voltando seu olhar penetrante para além. Vidrado em seu objetivo.

— Todos em seus lugares? — a voz masculina de Alex Karev indagou, realizando a ligação para o segundo grupo através do seu oktok. Haviam tantos deles naquele lugar.

Tantos deles em Moscou.

— Sim, Karev. — a voz de Altman respondeu, tornando o sorriso de Addison ainda mais amplo, mais sincero e eufórico, se assim fosse possível.

— Ao seu comando, chefe. — seu segurança anunciou olhando-a com expectativa.

Addison nada respondeu, sem pressa, tragou novamente seu cigarro e o jogou no chão pisando nele com a sola do seu sapato caro. Em silêncio, se aproximou da porta a sós, e para a surpresa de todos, seus pés colidiram em direção a porta de madeira que rompeu seu trinco imediatamente por tamanha força. Addison sacou suas duas armas atirando contra um dos capangas que corria assustado em sua direção. Adorava vê-los caindo no chão enquanto perdia a própria vida lentamente.

Aquilo era bom. E pouco se importava com o quão sádica aparentava ser. Adorava os títulos que recebia para si. Sentia-se triunfante por cada um deles.

Sua tropa entrava na mansão utilizando da posição defensiva. Addison havia os treinado para aquele momento. A adrenalina corria por suas veias com uma intensidade indescritível, ela, aquela mulher do qual a vida arrancou tanto de si, era alimentada por essa sensação. Cada batida do seu coração era como um eco selvagem de vida. Seu corpo estava sendo protegido por seus homens, que atiravam de maneira incessante rumo aos seus rivais que insistiam em se aproximar, estando todos espalhados pela sala daquela extensa mansão.

— Sloan! Cuidado! — a mafiosa italiana gritou eufórica com seus olhos verdes levemente arregalados ao notar um dos capangas correndo silenciosamente em direção ao seu segurança particular.

Seu coração estava tão acelerado, que ela era capaz de sentir as batidas frenéticas golpeando sua garganta em um som estridente. Era a adrenalina percorrendo cada centímetros de suas artérias, veias e músculos. Estava insana e cega. E cada disparo dado por suas armas, era como uma libertação particular. Um alívio íntimo seu. Era sua redenção.