34- Lar.

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Hey, olha quem voltou! Esse capítulo está com um cheirinho de... lar! Aproveitem. 🥹❤️

[🐈]

O sim.

O que acontece após o sim?

Quando você é pedida em casamento, um filme inteiro transcorre em sua cabeça. Você rememora todas as fases minuciosamente até aquele ponto, até aquele momento. Você recorda-se da primeira troca de olhares, do primeiro beijo, do primeiro toque, o primeiro toque, em específico, sempre seria perpetuamente marcado na memória como uma experiência inesquecível, você se recorda do que sentiu, de como suas mãos soaram e as borboletas entraram em festa com apenas o primeiro toque.

Um sorriso idiota de desenha em seu rosto.

Uma vez que, ao possuir esse tipo de lembrança, você começa a compreender sensações que antes não conhecia, que aquela fagulha em sua coluna, o nervosismo, lábios trêmulos e secos, outrora inexplicáveis, eram resultados de uma paixão totalmente nova, desconhecida, inexplorada. Você não conhecia do amor e, consequentemente, não conhecia sobre suas reações, e então você simplesmente sorrir perante tudo aquilo, possuindo a convicção de que reviveria tudo, simplesmente tudo uma outra vez.

De novo, de novo e de novo, repetidamente, uma vez após a outra. Você enfrentaria o inferno, mas retornaria, sendo impulsionado mais uma vez por aquele intenso amor, não é verdade? E quando aquele fodido amor é recíproco, correspondido, você simplesmente sabe, sem meio termo, sem incertezas, sem aquela maldita insegurança em seu peito. Você sabe. Você sente. E quando é verdadeiramente destinado a ser, ser amor, ser tesão, ser medo, ser bom, ser suave, há aquele toque, nada sútil, de almas, somente com a palma das mãos, o primeiro toque, o primeiro olhar... Você sabe. E simplesmente não se questiona se aquela pessoa também permanecerá ali, se vai segurar a sua mão e vai permanecer. Você não indaga o óbvio, porque você simplesmente... sabe, você sente.

Quando você sabe, você sabe.

Sem questionamos.

E, inferno, ambas sabiam.

A médica abriu os olhos aos poucos, se acostumando com a luz que adentrava pela cortinha do seu quarto. Haviam passado alguns dias desde a visita de sua mafiosa italiana e desde então conversaram somente por mensagens. O clima em sua casa estava tranquilo desde a noite de natal, seus pais pareciam mais aliviados após conhecerem Addison, e sua relação com Thacther voltava ao normal aos poucos, o homem parecia menos rígido sobre sua relação com a mafiosa e, ainda que não tivessem conversado sobre esse assunto, Meredith sabia que ele havia decidido a depositar esse voto de confiança  na companheira de sua filha.

E Meredith... Meredith não poderia estar mais feliz. Despertou naquela manhã com um amplo sorriso em seus lábios, ainda que estivesse alguns dias longe de sua mafiosa italiana, entretanto, ambas buscavam sempre se comunicar nos momentos em que estavam com tempo livre. Haviam conversado horas por FaceTime na madrugada de primeiro de janeiro, conversaram, sorriram, compartilharam planos para um futuro não tão distante, e permaneceram em silêncio, limitando-se unicamente naquela troca de olhares quando as palavras não se faziam necessárias.

Estavam noivas.

E aquilo era simplesmente... incrível.

Em Veneza, Addison apresentava-se em uma cena distinta, ainda que também estivesse feliz. A mafiosa italiana percorria de um lado para o outro em seu escritório na casa de praia. O ambiente, atípico para ela, encontrava-se totalmente vazio, com apenas algumas caixas dispersas pelo espaço, desprovido de móveis ou qualquer decoração.

A ruiva inspirava profundamente enquanto, de maneira inconsciente, batia o pé no chão, manifestando o intenso nervosismo presente em seu corpo.

Deparou-se com uma carteira de cigarros negligenciada próxima às caixas ali presentes e recusou lentamente, esforçando-se para libertar-se daquele maldito hábito ao lado de sua amada, ambas em uma promessa silenciosa. Não iria desapontá-la.

The Criminal - Meddison Onde histórias criam vida. Descubra agora