33- Liberdade.

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hey, feliz ano novo, pessoal!🤍

estou desanimada daqui, no capítulo anterior houve quase 600 vizualizações e apenas 88 votos, e isso é foda... enfim, não sei quando volto e se ainda volto, criatividade é 0 e o desânimo contribui, mas aproveitem o capítulo.

obrigada a quem votou e comentou, eu realmente ando desanimada para continuar escrevendo fanfic, mas tentei dar o meu melhor nesse capítulo.

[🐈]

Point Of View Addison Montgomery.

Até que ponto sucumbimos à insanidade em prol do amor? Quais atos impulsivos seríamos capazes de perpetrar meramente em busca da ínfima chance de assistir o sorriso daqueles que amamos? O amor, conforme as assertivas palavras de meu falecido pai, nos expõe à vulnerabilidade, e não posso discordar dessa afirmação, ele nos envolve em uma cortina que turva a razão, provocando o movimento frenético de borboletas inquietantes em nosso estômago, e nos faz palpitar nervosamente de expectativa.

Sob uma ótica otimista, o amor é a força propulsora da felicidade.

E por falar em amor...

Não havia, de fato, organizado nenhum plano de embarcar rumo ao Brasil naquele preciso momento. Não quando a mulher que reconheço como minha enfrentava um período delicado com seus progenitores.

Minha intenção era permitir-lhe a autonomia necessária para enfrentar suas vicissitudes à sua maneira, cedendo-lhe o espaço e o suporte necessários, mesmo que à distância. No entanto, a angustiante saudade, essa maldita sensação que só aquele mulher é capaz de proporcionar, fez-me agendar uma viagem com urgência, mobilizando um dos meus jatos particulares.

Ao testemunhar minha Ellen derramando lágrimas durante aquela ligação, sua dor por cogitar a inadequação materna me atingiu como um golpe visceral. Tão vulnerável diante de mim, senti como se meus ossos fossem dilacerados impiedosamente. Em resposta a esse misto de emoções, organizei com pressa minha partida para reencontrar o meu amor, a mulher da minha vida.

Minha mulher.

Minha Ellen.

— Tia Addie!

O moleque, cujo nome era Luccas, arremessou-se em meu colo com uma impetuosidade que eu não poderia imaginar, causando-me uma falsa irritação ao cair sobre a areia, seu corpo infantil acomodando-se sobre o meu, entrelaçando-me fortemente em um abraço carregado de saudade. Ainda que eu estivesse surpresa e levemente assustada com sua atitude, correspondi ao gesto daquele moleque, não deixando de notar o quão peculiar era vê-lo trajando sua jaqueta habitual naquela praia onde o calor era torrencial.

Excessivamente torrencial, para ser mais sincera. Essa condição climática tornou-se perceptível desde o momento em que desembarquei no aeroporto ao amanhecer.

— Está buscando a minha morte por meio deste susto, moleque? — questionei, incapaz de manter uma expressão séria, ao notar Luccas se desvencilhando de meu colo enquanto concordava rapidamente. — Está assistindo isto, Ellen? — apontei para o garoto com o olhar, indignada, sentindo um arrepio na região da nuca ao ouvir a risada contagiante de minha mulher.

E apenas naquele instante, reuni a coragem necessária para fitar os olhos azuis infantis de Alyssa. Desde o momento em que me sentei ao lado de sua mãe, percebi, pelo canto do olhar, que a garotinha nos observava com curiosidade, não desviando sua atenção nem por um segundo, estudando-me sem reservas. Ao encontrar seu olhar, pisquei algumas vezes, sentindo-me envergonhada de maneira pouco comum, especialmente diante de uma criança.

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