35- Ohana.

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Sejam bem-vindos ao penúltimo capítulo de The Criminal. Inicialmente, esse capítulo seria o último, mas como estava muito grande, decidi dividir em duas partes. Aproveitem. ❤️

[🐈]

Estou orgulhosa da sua evolução, Meredith. — a voz de Fernanda soou através dos fones de ouvido, enquanto elas estavam conectadas pelo FaceTime, ao que Meredith observava atentamente sua psicóloga através de seu macbook, inteiramente imersa na troca de palavras que possuíam naquele momento. — Sendo sincera, malmente reconheço a Meredith que chegou em meu consultório há meses atrás, completamente assustada e, ouso dizer enraivecida, em razão da primeira consulta a pedido dos seus pais. — a loira gargalhou baixinho, mantendo seus olhos azuis na psicóloga do outro lado da tela.

Haviam se passado algumas semanas e finalmente sua vida caminhava como sempre quis. Seus filhos iniciaram o ano letivo de dois mil e vinte quatro na escola mais reputada de Veneza, o coração da médica encheu-se de alegria em razão da recepção com seus pequenos, especialmente para Alyssa que possuiu suas necessidades inclusivas por todos os profissionais da instituição.

A casa à beira-mar encontrava-se impecável como o planejado, Lauren realizou um trabalho sem falhas, inserindo a história do casal com pequenas pinturas e detalhes que somente as duas entenderiam. E ninguém mais. Addison após dias afastada da liderança de sua máfia, reassumira o comando, exibindo um sorriso orgulhoso pela fidelidade de sua amada à promessa de manter-se afastada do clã. Meredith também iniciara seus trabalhos na clínica ao lado de Pete e Kai, provocando a ironia brincalhona da ruiva, afirmando que ela deveria ter assinado o contrato na primeira vez que lhe fora apresentado.

Meredith estava trabalhando em uma pesquisa inovadora, completamente distinta do seu trabalho anterior, dedicava-se ao estudo do mal de alzheimer, e não descansaria até que descobrisse sua cura. Movia-se pela perspectiva de ajudar inúmeras pessoas e, ao obter o sucesso desejado naquele campo de pesquisa, transformaria vidas.

— Confesso que tive receio para a adaptação das crianças, uma nova vida, novas pessoas, uma nova rotina... Mas veja só, eles estão chamando Addison de mãe, sou eu o ser humano mais sortudo desse universo por presenciar algo como isso? — indagou emocionada, recordando-se do que sentiu no instante em que escutou seus filhos chamarem sua mulher daquela forma e em como sua amada correspondeu igualmente emocionada, como se jamais pudesse se acostumar com o "mommy" carinhosamente dito. — Estão se adaptando mais rápido do que pensei, doutora... Minha vida está estabilizada de uma forma que nunca imaginei. — a loira sorriu orgulhosa em direção à sua psicóloga. — Iniciaram a terapia, e confesso que esses resultados vêm das sessões que estão tendo. Foi uma das decisões mais acertivas fornecer esse apoio psicológico à eles; eu não poderia jamais negligenciar isso.

Fernanda exibia um sorriso cativante em seus lábios; era algo inevitável. Ela não se importava com os códigos de ética quando a sensação de dever cumprido envolvia seu peito. Tinha realizado um trabalho excepcional com aquela mulher, sentindo um orgulho imenso pelos resultados alcançados. Gostaria de presenciar mais daquela notável evolução, daqueles olhos azuis que brilhavam, daquele sorriso sincero que desenhava-se em seu semblante. De tudo.

Você é uma ótima mãe, querida. E não me restam dúvidas de que também é uma excelente esposa, filha, amiga... — Fernanda expressou com sinceridade. — Quanto às tormentas interiores, gostaria de compartilhar comigo como estão seus pensamentos a respeito disso? Como sente-se em relação as tempestades? — a psicóloga questionou, lançando um breve olhar às suas anotações antes de retornar sua atenção a Meredith, essa que desviou o olhar, encarando o oceano à sua frente, soltando uma respiração profunda.

The Criminal - Meddison Onde histórias criam vida. Descubra agora