VIII

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- Feche os olhos Ayko, e se concentre na minha voz. - Sussurrou Lucius e Ayko o obedeceu. - Vou te vendar, certo?

- Sim.

Lucius sorriu.

- Agora se concentre na minha voz, no que vou dizer ou fazer e nos seus sentimentos. Me diga o que sente.

Lucius então pegou uma pena grande e começou a passar pelos braços de Ayko. Ela riu.

- Faz cócegas! - Disse rindo.

Lucius andou para trás dela e trocou a pena por uma lixa.

- Áspero, incômodo. Não gostei.

Ele ainda parado atrás dela, pegou o cabelo loiro da garota e o jogou para trás. Ayko respirou fundo e ele disse próximo ao pescoço dela:

- O que foi?

- Isso me deixou nervosa.

Ambos deram uma risada leve.

- E isso, o que te faz sentir? - Lucius então passou a ponta de dois dedos, dês de a mão direita dela, até o pescoço, aproximando ele um pouco mais dela. - O que isso te faz sentir, Ayko?

A forma como ele disse o nome dela a fez soltar um leve gemido.

- Me arrepia e...

- Continue.

- Me deixou nervosa, mas com... Desejo.

- Você me deseja?

- Lucius, nós estamos aqui para estudar!

- Você me deseja, Ayko Sakura? Só precisa dizer sim ou não.

- Sim... Eu desejo.

Lucius sorriu.

- Me diga o que isso aqui vai te fazer sentir.

Ele aproximou seus lábios do pescoço dela e o beijou. Ayko respirava ofegante e sentia seu coração martelar rápido e forte em seu peito. Aquela já era a sexta tentativa deles, de fazê-la executar o feitiço. Na primeira, Lucius passou o tempo todo a fazendo sentir raiva e irritação, para apenas no fim, dar a ela uma sensação boa: um pudim de chocolate. E havia sido assim, até então.

Mas quando os lábios dele tocaram seu pescoço, ela sentiu que não acabaria ali, ela não deixaria que acabasse ali. Lucius seguiu, beijando um pouco mais o pescoço, até alcançar o maxilar. Ayko então não se controlou, tirou a venda, se virou de frente para Lucius, o puxou pelo colarinho da camisa branca e colou seus lábios nos dele.

Lucius se sentiu surpreso, mas correspondeu na mesma intensidade, puxando Ayko pela cintura, para que seus corpos ficassem próximos, a apertando mais junto de si. Uma mão dele a segurava na cintura, outra passeava pelo corpo da garota. Ela puxava os fios quase brancos do rapaz, sentindo a língua dele invadir sua boca e a dominar.

Quando ofegantes, se separaram e Ayko sorriu para ele, passando seu polegar pelos lábios do loiro.

- O que isso te fez sentir, Lucius?

- Surpresa, desejo, tesão... Eu te quero Ayko!

- O quanto me quer?

- Muito! - Ele então beijou o pescoço dela, seus lábios descendo e abrindo pouco a pouco a camisa da garota, mas ela puxou o cabelo dele, o impedindo de alcançar seus seios. - Ayko...

- Ainda não. Eu ainda vou transar com você, mas não hoje. Agora vem, vamos voltar pra nossas comunais, antes que dê o toque de recolher!

Assim os dois saíram de mãos dadas da sala precisa. Lucius acompanhou Ayko até a torre da Corvinal, parando para beija-la, antes de chegar na entrada, já que provavelmente teria algum aluno do lado de fora, por não ter acertado o enigma. De fato tinham dois corvinos do lado de fora, que entraram junto de Ayko.

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