XLIV

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- Por que você tinha que ser tão idiota? - Isabelly perguntou, quando os dois já estavam em seu quarto.

- Tá, eu sei que foi besteira jogar o Regulus daquele jeito na cama, mas ele tá bêbado, não vai notar nada e...

- Falo do seu ciúmes! Qual o motivo pra fazer aquela cena? Fiquei tão envergonhada...

- Eu não me esqueço do que o loirinho lá, me fez pra tirar você de mim!

- Sirius, ele tá morando na porra da China! E ele simplesmente estava se desculpando pelo que fez e torcendo por nossa felicidade!

- Torcendo... Se fosse verdade, não estaríamos brigando por causa dele!

- Não é por causa dele, mas por sua causa! Você que ficou com ciúmes, você que fez aquela cena toda e me matou de vergonha! Mas quer saber, você se acha sempre o dono da razão quando são seus ciúmes ridículos e possessivos, que sempre me matam de vergonha, não vai adiantar nada tentar conversar sobre com você.

- Você gosta quando eu sou possessivo.

- Na cama, Sirius! Só quando estamos trepando! - Então ela bufou. - Quer saber, eu me trocar e vou dormir.

- Quer ajuda?

- NÃO!

Sirius imediatamente encolheu os ombros. Isabelly pegou pijamas e foi ao banheiro. Quando voltou, se deitou de costas para Sirius e quando ele tentou ficar de conchinha, ela o empurrou. Ainda passou o dia seguinte todo com raiva dele.

E não eram incomuns as brigas entre os dois. Todas eram sempre pelos mesmos motivos: os ciúmes de Sirius. Em todas elas, ambos dormiam sem se tocar e Isabelly demorava a dar o braço a torcer, resolvendo tudo no sexo violento.

Karolina não via as brigas, assim como Gabriel ou Regulus. Então Gabriel voltou ao Brasil e Karolina e Regulus voltaram para Hogwarts. Foi aí que as brigas começaram a aumentar, já que eles podiam discutir pela casa toda, mas sempre todas eram resolvidas da mesma forma, com sexo por todos os cômodos.

Porém nem tudo entre eles eram brigas. Sirius conversava muito sobre seu trabalho no ministério com ela, sempre lhe dava flores ou ela lhe preparava um café especial para quando ele chegasse em casa. Eram românticos e muito ativos sexualmente.

Sirius levou Isabelly ao túmulo de Benjamin, a apresentando ao amigo. E claro que em todas as vezes que ele ia, levava Isabelly com ele. Todas as vezes ele chorava e ela o consolava, o enchendo de amor e carinho.

Fazer compras com Sirius em supermercados trouxas era a melhor parte da vida a dois. Ele corria com os carrinhos e as vezes a colocava dentro, a empurrando pelo local a fora. Não podia ver doces e qualquer guloseimas, que ele já colocava no carrinho e não adiantava Isabelly as colocar de volta no lugar, ele as pegava de novo.

Quando passavam pela sessão de brinquedos, Sirius sempre comprava um ou outro, alguns ele dizia que eram para a Karolina, o que não adiantava, afinal ela já era pré adolescente e não brincava mais. Então ele dizia que era para o futuro filho de Ayko e Lucius, que não demoraria muito a vir, mas Isabelly não acreditava muito, até que ele assumiu:

- São para nosso filho! Para quando tivermos um, ele estar cheio de brinquedos.

- Sirius, só temos dezenove anos!

- Mas pelo tanto que estamos fazendo amor, todos os dias, várias vezes, por vários lugares, em algum momento pode vir um Benny Black! E mesmo que não seja agora, quero que ele tenha todos os brinquedos trouxas que eu teria gostado de ter mas não tinha, por causa do preconceito de meus pais.

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