XLVI +18

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Isabelly havia acabado de chegar do trabalho. Estava fazendo o capuccino de Sirius e seu chá de alecrim, cantarolando e sorrindo. A Sonserina havia acabado de ganhar um dos jogos e aquela foi a primeira vez que viu Karolina jogando.

Além disso, ela viu Lucy brilhar em um exercício complicado que Tom havia passado para os seus alunos. Se sentia orgulhosa das meninas das quais ela viu ainda muito pequenas, se tornando jovens tão habilidosas.

Então enquanto também preparava a mesa, colocando os pães e os bolinhos que comprou na padaria trouxa que havia na esquina da rua de sua casa, na mesa, Sirius chegou. Ele viu sua namorada sorrindo e imediatamente sorriu também. Mas seu sorriso sumiu de seu rosto, quando Isabelly disse:

- Aí ai Tom...

Ela havia se lembrado de uma piada que ele fez em uma das aulas, que fez todos seus alunos (e ela) rirem, quebrando o gelo e tirando o clima desagradável que se criou, quando ele disse sobre o que seria a aula.

Só que Sirius não sabia disso e enciumado, já jogou suas coisas no chão, começando uma briga.

- Eu trabalho o dia inteiro, chego em casa cansado, pra ver a minha mulher sorrindo e pensando em outro? Até suspirando?

- Sirius, eu não estava...

- Estava sim que eu vi!

- Me deixe explicar pelo menos, nenê?

- Nenê é o caralho! Eu já tô cansado disso!

- Quer saber? Eu também estou cansada disso! Porra, eu trabalho o dia todo, com crianças e adolescentes, chego em casa e a primeira coisa que eu me preocupo não é em tomar um banho e relaxar, é preparar a porra do seu café da tarde! Eu fui na padaria porque queria fazer uma coisa especial, pra te contar o quanto a Karol está incrível jogando! Mas não, você tem que dar seu ataque de ciúmes!

- Você não precisa trabalhar o dia todo! Eu sou rico, rico o suficiente pra sustentar uma vida extremamente luxuosa pra você se quiser! Basta apenas ficar em casa, bem bonita pra mim e cuidar da casa!

- É isso que quer?

- Sim!

- Uma mulher troféu? Pra exibir o quanto ela é bonita e dizer que ela só cuida de sua casa e filhos? Sirius, eu não sou assim! Eu quero trabalhar, quero ajudar pessoas! Eu sou um ser humano também, não só seu objeto!

- Você é minha!

- Eu não sou a porra de um terreno! Sirius, eu adoro cuidar da casa e de você. Quero filhos com você, mas não quero viver só pra isso! Eu quero trabalhar, ter meu próprio dinheiro pra te ajudar em casa...

- Não precisa, eu te sustento. Seja como a Ayko!

- Eu não sou a Ayko, entendeu? O sonho dela era esse. Ela queria se casar, ter filhos e apenas cuidar da casa. Mas eu não quero isso! E quando formos para o Brasil, não vai querer que eu trabalhe no fronte?

- Brasil?

- É Sirius! Brasil! Eu sonho em mudar pra lá, com você comigo, a muito tempo, mas você não facilita as coisas! Estou esperando um momento em que a gente pare de brigar e as coisas se acalmem, mas você surta o tempo todo!

- Você me dá motivos!

- Dou? Só porque trabalho com um homem?

- Se você traiu o Lee comigo, quem vai garantir que você não vá me trair também?

Isabelly ficou boquiaberta e as lágrimas que ela lutou para conter, caíram de seus olhos.

- Pensa assim de mim? Sirius, eu mataria e morreria por você, eu te amo! Jamais te trairia e... Dói saber que é assim que você pensa assim de mim, quando eu sacrifico tudo por você!

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