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Havia se passado um mês dês de o falecimento de Otávio e Maria Rita Gomide. Seus filhos estavam tentando seguir em frente, mas os três tinham em mente uma única coisa: assim que se formassem, voltariam ao Brasil para lutar pelo fim daquela ditadura.

Tom Riddle, em homenagem aos pais de Isabelly, deu uma aula inteira sobre a ditadura militar no Brasil e o golpe de 1964. Foi uma aula difícil, mesmo que nenhum dos três estivessem lá, pois foi na semana de luto deles, seus amigos estavam e choraram, lamentando tudo o que acontecia naquele belo país.

No entanto agora, todos tentavam seguir em frente. Sirius e Isabelly nunca mais estiveram próximos como no dia do funeral e ele tinha de ver Lee com ela. Tentou muito não ler a carta de Maria Rita, mas quando leu, além de chorar pela dor da partida dela, chorou por saber tudo o que soube ali.

Ela o saudou como parte da família e disse que ele não deveria desistir de Isabelly, pois um dia seria ele a andar de mãos dadas  com ela, por Hogwarts a fora. E a convicção dela o fez não perder as esperanças. Ele sabia que quando surgisse a primeira oportunidade de estar com Isabelly, ele iria se agarrar a ela.

Enquanto ele pensava nisso, Gabriel já começava a cuidar de todo o patrimônio de seus pais e a pedir seu avô um emprego no Brasil. Ele agora se sentia o responsável por suas irmãs e daria tudo de si por elas.

Já Isabelly, vinha a dias pedindo Lee para cantar para ela, mas ele sempre arrumava uma desculpa e acabava não cantando. Isso a irritava, mas ela tentava ignorar. Porém havia algo maior dentro de si, do qual era impossível para ela de ser ignorado: seus sentimentos a respeito de Sirius Black.

Ela não entendia porque não se sentia tão louca e desesperada por Lee. Ele era bonito, bom na cama e ela o amava! Mas por que todos os dias ela vivia pensando em Sirius? Por que em todas as horas do dia, sua mente a jogava para o beijo deles na biblioteca? Ela amava o Lee, o seu Benjamin, mas por que então não sentia nada perto dele? Nem desejo, nem paixão? Por quê que quando estava perto de Sirius, seu coração acelerava e ela ficava ofegante, com as mãos suando?

Isabelly não conseguia entender aquilo, pois tudo que sentia antes, a respeito de Lee, quando ele ainda era Benjamin, ela já não sentia mais e tudo estava girando em torno de Sirius agora. Era tudo extremamente confuso para ela.

No entanto, uma festa na Sonserina estava próxima e a maioria dos alunos só sabiam falar disso. As melhores festas eram sempre as da Sonserina, o que gerava a animação e ansiedade dos demais alunos. E quando a sexta-feira finalmente chegou, todos pensavam apenas no que vestir naquele dia, para a festa.

Quando o horário da festa chegou, Isabelly já estava no salão comunal, conversando com Regulus e olhando a decoração. Ela havia ajudado em tudo, então estava verificando como estava. Minutos depois, Lee chegou, a abraçando por trás e beijando o pescoço dela. Isabelly sorriu e elogiou o namorado e a forma como ele estava vestido. Depois disso, informou a ele que ela e Regulus estariam lá fora, esperando as meninas chegarem. Lee não quis ir com eles e optou por ficar conversando com Lucius e Severus.

Lá fora, os amigos esperaram por cerca de dez minutos, até que ouviram um coro cantando e viram Ananya dançando animada. Atrás dela dançavam Lizzy, Ayko e Peter. Sirius gargalhou alto quando Anaya puxou Remus para fazer um bate bunda com ele.

Quando Isabelly o viu, ficou sem ar. Sirius estava lindo! Seja por suas roupas, sendo calças jeans pretas, camisa branca e jaqueta de couro preta, ou por como seu cabelo estava, ou o sorriso largo que ele carregava em seu rosto, Isabelly ficou paralisada.

Sirius ainda não havia a notado ali. James falou algo com ele e ele com um sorriso leve, concordou com a cabeça, porém seu cabelo estava lhe incomodando e ele mexeu a cabeça para o ajustar. O movimento fez Isabelly querer gemer em prazer e desejo.

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