XIX

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Pov Lucius

Acordei com um pouco de cabelo loiro, de Ayko, em meu rosto. Ela estava acordada, sorrindo e olhando para mim, enquanto acariciava meu peito com a ponta de seus dedos. Ela estava tão linda, com aquele sorriso perfeito e os olhos brilhando para mim.

Por um instante, imaginei estar no paraíso, com um anjo ao meu lado. Ela é simplesmente o ser mais perfeito que todo esse mundo já viu, a forma como ela sorri é encantadora, me deixa sem palavras, cheio de borboletas em meu estômago.

Eu vou lutar para que ela seja completamente minha, para que ela sinta as mesmas coisas que eu, quando vejo seu sorriso, para ouvi-la dizer que também está apaixonada por mim. Não sou digno de tamanha perfeição, mas é pecado sonhar alto?

- Você é perfeito! - Disse ela - Achava que era impossível superar todas as preliminares e provocações, mas ontem, senti como se todo o universo pertencesse a mim, senti como se fossemos tudo o que um ao outro precisava, e eu nunca senti isso com ninguém. Só prometa - ergui minha mão, dando-lhe meu mindinho, ela riu, mas me deu o seu - que nunca vai ir.

- Só irei se me pedir. Ayko eu...

Ela se levantou, jogou seu cabelo para o lado e ficou com o rosto diante do meu, seu olhar intercalando de meus olhos a minha boca.

- Você...?

- Eu sinto o mesmo que você sentiu essa noite, mas a todos os momentos, toda hora, em que estou com você!

Na verdade eu queria ter dito que a amava, mas ainda não estava pronto para isso. Ela sorriu e me beijou, de forma calma e suave, mas assim que se separou de meus lábios, ela sorriu e disse que deveríamos voltar para nossas comunais, trocar de roupa e ir para o café da manhã no salão principal.

Dei a ela seu vestido, vesti minha calça, minha camisa e saímos da sala precisa. Eu a levei até sua comunal, antes de voltar para a minha. No caminho, ela passou seu braço pelo meu, segurou minha mão, mordendo meu braço e sorrindo de forma fofa para mim.

Nada mais importa, apenas a garota de mãos dadas comigo e sorridente. Já diante da porta da Corvinal, eu lhe dei mais um beijo, repleto de paixão e desejo, me despedi dela e voltei para a Sonserina, tomando um banho rápido, para ir logo tomar o café e revê-la. Acabou que assim que eu cheguei no corredor que levava ao salão, ela também chegou, indo juntos para lá e só nos separando quando chegamos.

Durante o café, tive que aturar Reg e Belle mexendo comigo, me perguntando dos chupões, do sorriso idiota em meu rosto ou de como foi a noite. Eu jurei que contaria tudo a eles, até porque eu realmente queria contar e pedir um concelho.

Terminando o café, voltamos nós três para a nossa comunal, indo direto para o quarto da Belle. Como ela não dividia seu quarto com ninguém, teríamos muito mais privacidade lá dentro.

Sentamos os três na cama dela. Reg com uma almofada de coração e um urso de pelúcia, ambos rosa, no colo e Belle com outra almofada, que eu sabia que era um presente do Bill, no colo.

- Ok, conte tudo! - Regulus disse.

- Como está óbvio, transamos. E foi tão bom! Ela é perfeita, é como um sonho! Nunca senti com ninguém o que senti com ela, a minha melhor transa. Foi do tipo bom, que você quase diz o que está instalado, o "eu te amo".

- E deveria ter dito! - Belle falou, brava. - Luci, tá claro que vocês se amam, todo mundo já viu isso! Passou da hora de você tomar uma atitude e se declarar!

- Talvez, se não falar nada, ela pode achar que não há sentimentos entre vocês e optar por se afastar, fazendo assim com que você a perca! Amigo, você precisa ir até ela e contar tudo, falar como se sente, falar que a ama e sei lá mais o quê que se passa na sua cabeça!

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