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Vou dar toda a minha vida
Para te tirar das sombras
Eu vou quebrar sua sentença
Neste mundo em colapso
Me dê um pouco mais de tempo
Que meu último suspiro te darei
Para te mostrar o céu inteiro
Nas nuvens com você me deitarei
Con La Brisa; Foudeqush feat. Ludwig Göransson

Nenhum dos estudantes estava esperando por um temporal como aquele que aconteceu no primeiro jogo dos Hokages na temporada. O primeiro de Naruto e muitos outros que entraram há pouco na equipe naquele ano.

Depois que chegaram no local da partida, algumas gotas de chuva começaram a cair, e ainda concentrados no vestiário, pareceu que uma tempestade resolveu visitar Houston, justamente naquela noite.

Naruto ouvia seus companheiros animados, uns mais do que outros, compartilhando táticas e ouvindo com atenção os comandos e recados passados por Darui.

Concentrava-se também no capitão, porque queria e muito fazer uma boa partida, pois soube antecipadamente – Gaara fez o favor de encher o saco de Kakashi através de insistência – que seria titular, e logo na sua primeira vez no time. Suas mãos suavam frio em expectativa, além da sua boa e velha amiga, a ansiedade.

O melhor de tudo, no entanto, era saber que sua mãe estaria presente ali, dando-o apoio. Esperava que ela estivesse segura em algum lugar, longe de chuva. Tinha certeza que ela apareceria, contava com isso mais do que tudo para seu bom desempenho. Sua força estava nela, porque seu sonho era dá-la uma nova casa, bem longe de Minato, para que ambos pudessem viver juntos sem se preocupar mais com a presença horripilante do mais velho.

Claro, Naruto sabia que seu caminho estava apenas começando, e que demoraria um pouco para que seu objetivo fosse alcançado com sucesso. Porém, estava disposto a assumir todos os riscos.

Ele só não contava com um novo componente na sua equação, que estava não muito longe dali, também se preparando para a apresentação com os líderes de torcida.

Hinata foi um elemento surpresa que ele ainda não sabia muito bem como lidar, mesmo tendo sido quem fez a proposta de se passarem por um casal. Isso fazia-o tremer por inteiro, porque os boatos se espalharam tão rapidamente, e ninguém esqueceu depois de duas semanas. Parece que se intensificou. Estava pasmo.

Quando foi que essas pessoas ficaram tão desocupadas a ponto de prestar tanta atenção no que não lhes diz respeito?

Tinha noção de que havia peso em seu sobrenome, contudo aquilo foi maior do que poderia imaginar.

Odiava isso.

Perceber o nível de superficialidade alheia foi absurdamente fácil, uma vez que ninguém tentava ao menos disfarçar.

Terríveis.

Devidamente uniformizado com a blusa vinho com traços pretos e o número 12 nas costas, pegou o capacete, visando esperar seus colegas do lado de fora.

Qual não foi sua surpresa ao sair do vestiário e logo a sua frente, a figura de Hinata projetar-se na parede. Os cabelos longos estavam presos num rabo de cavalo alto, molhado pela chuva que tomaram no percurso curto do ônibus até o vestiário.

A pose de sempre, intimidadora para quem não a conhecesse, virou a marca registrada para ele.

E se fosse sincero, gostou de vê-la vestida naquele uniforme, pois valorizava-a muito. Sabia que ela e as demais precisavam fazer saltos e acrobacias, e que debaixo daquela saia curta existia um shorts escuro.

Hinata era uma garota muito linda.

— Também fica sozinha antes dos jogos? Ou só veio me vistoriar? – ele não quis ser grosso, apenas foi um comentário, uma pergunta simples.

𝐎𝐩𝐩𝐨𝐬𝐢𝐭𝐞 𝐇𝐞𝐚𝐫𝐭𝐬 『 𝗡𝗔𝗥𝗨𝗛𝗜𝗡𝗔  』Onde histórias criam vida. Descubra agora