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Agora, nas manhãs de domingo, eu apenas durmo
É como se eu tivesse enterrado minha fé com você
Estou gritando com um Deus que eu não sei se acredito
Porque eu não sei o que mais posso fazer
Eu ainda estou me agarrando a tudo que já se foi
Eu não quero dizer adeus porque dessa vez é para sempre
Agora você está nas estrelas e sete palmos nunca pareceram tão longe
Estou sozinho aqui entre os céus e as cinzas
Oh, isso dói muito por um milhão de razões diferentes
In The Stars; Benson Boone

Esperou pacientemente depois de tocar a campainha. Sabia que naquele horário todos estariam em casa e mesmo que não estivessem, faria questão de esperar um deles, mas não iria se retirar até ter uma conversa franca com os Hyuuga.

Durante o percurso que fez do hospital até a casa deles, muitas verdades para serem ditas passaram por sua cabeça. Além disso Kushina se lembrava claramente do olhar que recebeu do filho para ficar bem, Naruto achava mesmo que ela talvez não desse conta de tudo o que estava acontecendo com eles nos últimos meses, mas fez questão de dizer para seu unigênito estar apta para o qualquer circunstância que viesse depois de tudo que aconteceria naquela manhã.

Levou apenas uns segundos até a porta se abrir, revelando uma das empregadas. A ruiva sorriu gentilmente, ao passo que a mulher arregalou os olhos.

— Bom dia, senhora Uzumaki – a empregada fez uma reverência rápida – Em que posso ajudá-la?

— Bom dia. Eu tenho assuntos a tratar com Hanako e Hiashi. Eles estão em casa? – perguntou gentilmente, pelo que Hanabi disse os funcionários da casa estão hostis, caso falem o que não devem podem perder seus empregos.

Típico de um Hyuuga usar o nome pra sair ganhando.

— Eu não…

— Kushina? – uma terceira voz se fez presente.

Hanako descia as escadas com o cenho franzido pela presença da ruiva na porta da sua casa. Não imaginava que algo do gênero fosse acontecer, pelo menos não tão cedo. Mesmo assim, se aproximou da porta, dispensou a funcionária rapidamente.

As duas mulheres se encararam por alguns segundos, antes de Kushina se pronunciar.

— Que bom que te encontrei. Precisamos conversar, e seu marido precisa estar presente também – decretou sem vacilar, percebendo que Hanako não se sentiu intimidada nem nada do gênero.

Pelo contrário, a Hyuuga ignorou o pedido, devolvendo a atitude com uma pergunta.

— Hanabi está no hospital? – Hanako foi incisiva, uma vez que sua caçula se recusava a atender o telefone. Tentava entender como o motorista particular não percebeu que sua filha sequer entrou na escola na sexta-feira.

— Sim, está com o Naruto e bem. Não se preocupe – a honestidade de Kushina fez Hanako soltar o ar que prendia – Agora, podemos conversar? Deixar que essa situação se arraste mais será ainda pior, mais para os nossos filhos do que para nós.

Hanako não queria deixar a ruiva entrar, sabia que o caos se instalaria no momento que Hiashi descesse as escadas e a visse ali. O clima no casarão dos Hyuuga piorou dez vezes mais desde que Hanabi não deu mais notícias.

Todavia, a mulher sentia que precisava daquela conversa. Muitas decisões necessitavam ser tomadas o quanto antes, estavam postergando demais a situação. Por isso, com um movimento positivo com a cabeça, deu espaço para que Kushina passasse e adentrasse sua casa.

Educadamente, a Uzumaki entrou, esperando em seguida para ser guiada pela dona da casa o melhor lugar para dialogarem.

Subiram as escadas de mármore, Kirahina reparava que ao contrário da própria casa, mal via fotos da família, apenas alguns enfeites aqui e acolá. Vendo pessoalmente entendia ainda mais os motivos de Hanabi ter saído as escondidas, e de sua nora ser tão reclusa. Aquela casa erradiava energia negativa, nenhum sinal positivo vindo dali.

𝐎𝐩𝐩𝐨𝐬𝐢𝐭𝐞 𝐇𝐞𝐚𝐫𝐭𝐬 『 𝗡𝗔𝗥𝗨𝗛𝗜𝗡𝗔  』Onde histórias criam vida. Descubra agora