𝐎𝐩𝐩𝐨𝐬𝐢𝐭𝐞 𝐇𝐞𝐚𝐫𝐭𝐬 『 𝗡𝗔𝗥𝗨𝗛𝗜𝗡𝗔 』

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⚠️ AVISO: ESSE CAPÍTULO CONTEM CENAS DE ABUSO S3XU4L, SE FOR SENSÍVEL, NÃO LEIA ⚠️

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10 anos atrás…

As jardineiras cuidavam tão bem das plantas de sua casa, que Hinata não se via em outro lugar, a não ser ali, admirando aquela fauna bonita e iluminada para seus olhos.

Gostava de perguntar sobre o nome delas – das plantas e flores –, se podia levar uma para seu quarto. Nunca deixaram, porque sua mãe disse que faria muita sujeira então seria melhor ela cuidar das próprias plantinhas do lado de fora da casa.

Saltitante, Hinata foi para seu primeiro dia como jardineira, após chegar de um treino onde fez muitos saltos e cambalhotas conforme sua professora pediu. Naquele momento, entretanto, focou-se em pegar na terra e em todos os instrumentos dispostos ali.

A sensação de pegar nos vasos, plantar sementes e regar faziam-na imaginar uma grande plantação, ou até mesmo um pé gigante como da história de João e o Pé de Feijão. Sua mente divagava entre cantar músicas infantis, encher novamente o regador com o auxílio de um adulto, pois seu corpo ainda estava em desenvolvimento e não era sempre que seus braços aguentavam aquele peso, ainda mais depois de passar horas usando os braços para sustentar o próprio corpo nas acrobacias.

Conforme as semanas passavam, a pequena Hyuuga se via cada vez mais entretida com aquela nova atividade, feliz por gastar seu tempo com alguma coisa que fosse diferente da rotina pesada proposta pelo pai. Lá fora, deixava-se vislumbrar uma enorme florestas que poderia plantar com as próprias mãos.

Um sonho ousado, porém ela nunca desistia. Então, permitiu-se continuar imaginando com sua mente fértil.

Num sábado qualquer, algumas pessoas da família de seu pai foram visitá-los para um almoço. Hinata, entretanto queria ficar longe daquelas pessoas, imersa num mundo diferente.

— Vem querida, você precisa estar presente – a mãe pegou-a gentilmente pela mão, tirando-a do jardim.

— Mamãe, eu posso voltar depois? – sua voz infantil indagou para a mais velha. Hanako sorriu.

— Pode sim, meu amor, mas só depois de cumprimentar seus tios e primos, tudo bem? – afagou os fios lisos e escuros.

O sorriso dela se alargou.

— Tá bom – entrou correndo para dentro, ansiosa para poder almoçar logo, fazer suas obrigações e voltar para o exterior do casarão.

As vozes se tornaram audíveis a meninas que a criança avançava, não demorando muito para ver seu tio Hizashi com a esposa e os filhos. Hanabi estava no colo da mulher, com um bico na boca.

Seu pai também estava presente na sala de jantar, contendo uma taça de vinho em mãos. Os sorrisos eram trocados entre eles como se fosse recorrente aquele encontro. Hinata não entendia muito bem o assunto dos adultos, tampouco quis puxar conversa com seus primos, costumava ser indiferente a eles.

— Olha só como essa princesa cresceu – a voz grossa do seu fio Hizashi ecoou pela sala – Como está, Hinata?

— Bem – respondeu educadamente.

— Que bom, querida.

— Como pode? Está mais linda do que na última vez que estivemos aqui – foi a vez de sua esposa, Kagami, comentar – Ainda frequenta as aulas de ginástica?

— Sim, todos os dias – batucava seus dedos finos na mesa de vidro enquanto respondia a mais velha.

— Hina, vá lavar as mãos. Estava mexendo com plantas, vai acabar sujando a mesa – Hiashi repreendeu duramente, fazendo a criança se levantar imediatamente – Aproveite e chame seu irmão também.