𝗰𝗵𝗮𝗽𝘁𝗲𝗿 𝘀𝗶𝘅.

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𝗔𝗥𝗜𝗦; 𝗉𝗈𝗂𝗇𝗍 𝗈𝖿 𝗏𝗂𝖾𝗐.


Saio do meu quarto e vou direto para a cozinha, onde vou até a mesa me sentando e pego um pão, passando manteiga nele.

Meus pais conversavam normalmente e apenas Carla estava na mesa. Ana deve ter ido na casa da amiga dela ou ido para outro lugar.

Eu comi em silêncio, enquanto pensava no que tinha acontecido naquele dia. A cena deles se beijando não abandonaria minha cabeça tão fácil assim.

Ne sentia um lixo por ter batido no meu melhor amigo, mas por outro lado, não conseguia me arrepender.

Ele quebrou uma promessa. Eu abri mão de ficar com a Luna apenas para que continuassemos sendo amigos. Mas ele não pensou nisso quando a beijou.

— Aris, não vai dizer o porquê de ter batido no Tui? — a voz de Carla me tira de meus pensamentos. — Aris, você não pode simplesmente ignorar o fato de que vocês estão brigados! — fala mais uma vez e eu a encaro, com raiva.

— “Ignorando?” Você acha que foi fácil brigar com o meu melhor amigo? Você acha que foi fácil ver a Luna chorando por minha causa? Não, não foi! Então não diga que estou ignorando quando na verdade eu estou me odiando! —  explodo parando ofegante e quando olho em redor vejo meus pais me encararem.

—  Aris, me desculpa-

— Tanto faz. — resmungo ba tentativa de evitar causar mais brigas. —  Eu... Vou pra praia.— me viro brevemente para eles e logo saio de casa.

O sol estava bem forte; os finais de semana aqui em Ilhéus eram sempre asssim. Há exatamente à essa hora, sete dias atrás, eu, Tui e Luna estávamos na praia surfando.

E agora, bom, eles devem me odiar.

Andei um pouco até chegar à orla da praia, onde tinha algumas pessoas correndo, andando de bicicleta ou simplesmente admirando o mar desta manhã.

Fui até a areia e caminhei mais um pouco até achar um palmeira, buscando achar alguma sombra pra né proteger do sol forte que queimava minha pele

Sento embaixo dela e admiro o mar, um pouco longe. Ele estava bem convidativo — sempre estava, mas eu não sentia tanta vontade de entrar agora.

Idiota, idiota, idiota. Era o que uma voz gritava no fundo da minha mente.

Deito sobre a areia, colocando um de meus braços por cima da minha cabeça e olhos e tento pensar em outra coisa que não fosse a briga. Porém um toque me fez despertar, e quando olhei me surpreendi.

— Luna?— pergunto o óbvio me levantando rápido e a encarando sem saber o que fazer.


Ela não diz nada, sorri e apenas me abraça e eu retribuo sentindo o cheiro de morango que ela tinha. A abraço forte.

Sentir seus braços sobre meu corpo, me abraçando era tão bom. Por um momento esqueci de tudo ao redor.

Logo depois nos separamos e ela sorri pra mim. Automaticamente minha boca se curva em um sorriso também mas logo se desmancha ao ver Tui vindo em nossa direção.

𝕱𝗢𝗥𝗘𝗩𝗘𝗥 𝖄𝗢𝗨, 𝖺𝗋𝗂𝗌 𝗀𝖺𝖻𝗋𝗂𝖾𝗅. Onde histórias criam vida. Descubra agora