𝟎𝟐𝟏. (não reescrita)

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𝐋𝐔𝐍𝐀 𝐌𝐀𝐑𝐘𝐀𝐍.

Cheguei da escola, e me joguei no sofá totalmente cansada. E ainda é terça-feira. Não se vou aguentar até o fim de semana.

Não demorou até que minha vó aparecesse na minha frente, com Lola em seu colo. Ela passou as mãos em meu cabelo e se sentou ao meu lado.

- Como foi na escola? - ela perguntou e eu encarei a novela do SBT que estava passando na televisão.

- O mesmo de sempre. - falei, tediosa. Porém não tive como conter meu sorriso ao lembrar do mico que o Aris passou.

- Hum... Se está sorrindo é porque pensou no loiro ou no moreno, certo? - ela pergunta e eu a encaro incrédula. Como ela podia saber assim?

- Minha felicidade não se resume apenas aos meus melhore amigos, Dona Bella. - menti na cara dura e me levantei pronta pra tomar banho.

Eu estava com fome, devia ser umas doze horas. O horário em que eu almoço.

- Ei, mocinha. Volte aqui. - minha vó me chamou com o dedo e eu me pus a sentar ao seu lado novamente. - Seus pais vão chegar hoje pela tarde. - ela fala animada e logo um grande sorriso cresce em meus lábios.

Faz um tempão que eles viajaram. Estava morrendo de saudades. Mas falando sério, eu amei passar esses dias com a minha avó.

- Sério? - pergunto o óbvio e vejo minha avó assentir em um sorriso. Pulo do sofá e faço uma dança maluca ouvindo os risos da minha avó.

Talvez, só talvez, não seja só o Aris o maluco do grupo. Confesso, as vezes eu não bato muito bem da cabeça, não.

- Por isso fique em casa hoje! Eles disseram que iríamos a um restaurante. - minha avó fala e eu dou de ombros. Amanhã eu saio com o Tui e com o Aris.


Minha mãe e meu pai são as minhas prioridades agora.

[...]

- Mamãe, papai! - grito correndo feito uma criança em direção ao carro deles que havia parado em frente a nossa casa.

Minha mãe me envolve em um abraço caloroso enquanto meu pai tira algumas malas do carro, mas logo ele as deixa no chão e me abraça também.

- Tudo bem, princesa? - meu pai pergunta e eu os aperto mais em meus braços.

- Melhor agora. - me separo um pouco do abraço e encaro os rostos deles. - Como foi lá? Viram o meu irmão? - pergunto e eles sorriem, num sorriso cúmplice.

- Sim, sim. Foi muito bom. Fomos em Itapuã, a praia de lá é muito boa. Um dia levaremos você. - minha mãe começa se desvencilhando do abraço para pegar algumas malas. - Quanto ao seu irmão ele está bem. Disse que está morrendo de saudades daqui. - ela fala e eu a ajudo a pegar as malas.

- Está bem mais responsável. Daqui uns dias será você a fazer uma boa faculdade e ter sucesso, querida. - meu pai fala e eu reviro os olhos.

Tudo que é bom dura pouco, não é mesmo? Já perdi as contas de quantas vezes falei que o meu sonho é ser surfista.

Meus pais parecem não entender que eu amo Ilhéus. Não quero sair daqui nunca.

𝕱𝗢𝗥𝗘𝗩𝗘𝗥 𝖄𝗢𝗨, 𝖺𝗋𝗂𝗌 𝗀𝖺𝖻𝗋𝗂𝖾𝗅. Onde histórias criam vida. Descubra agora