𝕱𝗢𝗥𝗘𝗩𝗘𝗥 𝖄𝗢𝗨, 𝖺𝗋𝗂𝗌 𝗀𝖺𝖻𝗋𝗂𝖾𝗅.

𝟎𝟏𝟑. (não reescrita)

𝐀𝐑𝐈𝐒 𝐆𝐀𝐁𝐑𝐈𝐄𝐋.

Cheguei em casa e rapidamente subi para o meu quarto, me jogando na minha cama.

Merda, por que eu fiz aquilo? Tentar beijar a Luna? O que caralhos deu em mim? Eu tô ficando maluco.

- Aris? - alguém bateu na minha porta e pela voz, reconheci ser Carla. Ela logo abriu a porta, entregando no meu quarto e ficando na minha frente.

- O que é? - perguntei secamente, ficando de barriga pra cima e colocando uma almofada na minha cara.

- Onde estava? Já é quase dez horas. É perigoso sair á noite, sabia? - ela fala com um tom levemente alterado e eu permaneço calado. - O que aconteceu? Por que está tão quieto assim? - pergunta parecendo preocupada.

Suspiro fundo e retiro o travesseiro da minha cara, me pondo a sentar e a encarar o rosto da minha irmã mais velha.

- Posso te perguntar uma coisa? - pergunto e vejo ela arquear levemente a sombracelha, mas logo sua expressão se suaviza.

- Pode, ué. - ela diz se ajeitando na cama e me encarando como se fosse uma psicóloga disposta a me ouvir e solucionar meu problema.

- Como você sabe que gosta de uma pessoa? Tipo... - faço uma pausa dramática. - Gostar no outro sentido.- pergunto rápido. Ela franze as sombracelhas e logo solta um risinho.

- Não me diga que meu irmãozinho está apaixonado por uma garota? - ela zomba dando risada e eu reviro os olhos, bufando.

- Foi uma péssima idéia ter te perguntando isso... Dá pra sair do meu quarto? - digo sério e ela para de rir aos poucos me encarando.

- Eu só estava brincando. Eu hein. - ela revira os olhos. - Bom, mas voltando a sua pergunta, essa pessoa, que você acha estar gostando, ela te deixa feliz? - Carla me pergunta. Seu Tom de voz tinha mudado, ela parecia a mamãe falando.

A Lua faz meu dia melhorar cem por cento, então sim. Mas não vejo como isso pode ser um sinal, afinal ela é a minha melhor amiga.

- Sim.

- Você gosta de passar muito tempo com ela?

Bom, ela é a minha melhor amiga, então mesmo que eu não gostasse dela em outro sentido, eu gostaria de tê-la por perto sempre.

- É, sim.

- Você costuma pensar muito nela?

- Quase todo o tempo. - respondo automaticamente, me assustando na rapidez em que as palavras insistiam em sair da minha boca.

- É, Aris. Acho que você não só gosta dessa menina como está apaixonado.- ela dá um sorrisinho pra mim e se levanta da minha cama me deixando apavorado.

- Apaixonado? Quê?... Não! Isso-isso é impossível. Eu não gosto dela e nem muito menos estou apaixonado. - falei desesperado a encarando para que ela me dissesse exatamente isso.

- Tá bom, Aris. Você pode mentir pra mim, mas nunca conseguirá mentir pra si mesmo. - diz dando uma piscadela e saindo do meu quarto, fechando a porta logo em seguida.