POV Sam
Suspirei baixinho enquanto estava entre o limite de dormir e estar despertando, sentindo os dedos de Mon ainda pousados confortavelmente em minha cintura. Sentia seu corpo bem encaixado no meu, uma de suas pernas entre as minhas, sua respiração quente e pesada em minha nuca que agora me causava um pouco de arrepio. Ainda não havia aberto os olhos, queria desfrutar mais um pouco de todas aquelas sensações enquanto tinha o amor da minha vida ali comigo.
A campainha toca estridente em todo aquele silêncio e eu dou um pulo, sendo tirada da minha paz e sinto Mon também se assustar, as mãos indo parar em seu rosto enquanto ela resmunga e eu acho uma graça.
- Desculpa Mon, a empregada era pra vir só depois do almoço.
Me sento na cama, me espreguiçando um pouco e tentando despertar, é quando olho para meu próprio corpo e lembro que estou pelada ainda e dou uma risada baixa. Viro o rosto e vejo Mon também nua, seu corpo sendo coberto com um pouco do edredom e sorrio com um pouco de malícia. Suspiro e me viro para meu celular no móvel da cabeceira, não era hora para aqueles pensamentos. Abro o aplicativo de câmeras para ver quem ousava me fazer sair da cama a essa hora num domingo e meu coração dispara ao ver o carro que está na entrada.
- Puta que pariu
Mon abre os olhos assustada com meu desespero, caminho em direção ao guarda roupa em busca de qualquer camisola enquanto ativo a voz do meu interfone pelo celular:
- Já estou indo. - Aciono o portão para abrir e volto minha atenção para as roupas.
Pego duas camisolas pretas e jogo uma para Mon, pegando uma calcinha para mim também e vestindo, correndo para colocar a camisola pela cabeça. Paro um instante em frente ao espelho para ver minha aparência e gemo de desgosto antes de começar a tentar ajeitar meu cabelo.
- Babe, o que houve?
- É a minha avó, Mon. Fica aqui tá?
Olho rapidamente para Mon, que concorda com a cabeça, tendo um leve entendimento do que eu dizia para ela enquanto tenta passar as mãos pela camisola, ainda um pouco sonolenta. Quero apertar aquele rostinho todo amassado e confuso antes de sair, mas não tenho tempo.
Visto uma pantufa e saio pela porta, me certificando de fechá-la atrás de mim. Desço as escadas com pressa mas sem correr e vejo minha avó já no sofá, sentada me aguardando. Respiro fundo e caminho até ela. Faço uma breve reverência e me sento na poltrona à sua frente.
- Bom dia, vovó. O que te traz tão cedo aqui na minha casa?
Observo seu olhar desaprovando minha vestimenta e meu rosto amassado. Vovó suspira, negando com a cabeça. E então percorre seu olhar pela minha casa claramente bagunçada da festa de ontem.
- Estava na cama até essa hora, Samanun?
- Bom, é domingo né? Eu chamei uns amigos para jantar ontem e acabei me deitando tarde. Se tivesse me avisado teria organizado tudo e ...
Vovó ergue sua mão para que eu pare de falar, visivelmente decepcionada com o que ela estava presenciando.
- Sem desculpas, minha primeira visita em sua casa e temo você não ter nem um pouco de responsabilidade para manejar uma casa sozinha.
- Vovó, por que não vamos tomar um café naquela cafeteria que a senhora tanto gosta? Já que a empregada daqui a pouco chega para limpar toda a casa. Será mais confortável para a senhora
Vovó acena com a cabeça, aceitando minha proposta e já caminha em direção a porta.
- Vou indo na frente enquanto você se põe de forma apresentável. Não aguento nem mais um segundo nessa espelunca que você chama de casa.
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Amor entre a Guerra (MonSam)
RomanceOnde Saenthong's e Anuntrakul's vivem uma guerra entre famílias a gerações e veem suas herdeiras, Mon Saenthong e Sam Anuntrakul se apaixonarem intensamente. Pode um amor nascido dentre tanto ódio, disputas e segredos do passado, sobreviver? ⋅ obra...