Capítulo 29

978 100 24
                                    

Boa noite meus amores. Estão preparadas para se despedir de MonSam de Amor entre a Guerra? Porque eu não estou. Confesso que meu peito apertou diversas vezes enquanto escrevia esse último capítulo. Essa jornada tem sido incrível e escrever a história de amor dessas duas foi um privilégio imenso.

Quero agradecer a todos vocês que leram e que esperaram pacientemente cada capítulo, que me apoiaram, torceram por minhas personagens, odiaram os que mereciam seu ódio e me cobraram, sim, obrigada a todos que iam lá no twitter ou aqui nos comentários me fazer trabalhar, acreditem, eu precisei muito disso também. Quero agradecer a @ MandsSchilling e a Jess @ FbBfStan que muitas das vezes me ajudaram na escrita e no encorajamento para não desistir.

E por fim, quero avisar que sim, esse é o último capítulo, MAS, teremos mais dois epílogos. Ambos muito importantes e também em forma de um agradinho final para vocês. Então, não se desesperem se acharem que falta "alguma coisa", acreditem, virá.

Novamente, muito obrigada a todos os leitores. Boa leitura.

--------------------------------

POV Mon

As informações vêm de forma lenta e imprecisa conforme vou tomando consciência de quem sou, onde estou e o que está acontecendo. A primeira coisa que meu corpo me indica é o barulho irritante ao meu lado. Quero pedir que alguém o desligue pois me incomoda, atrapalha meus ouvidos de captarem o que realmente me trouxe de volta. Aquela voz que eu reconheceria mesmo se nunca mais despertasse. A voz dela me chamando de volta.

Enfim, meu ouvido faz a ligação de que aquele barulho é possivelmente de alguma máquina que me mantém viva ou controla algo para me manter viva, mas só conheço o básico de medicina que vi em filmes e séries ao longo da minha vida, então não posso afirmar com certeza.

Me esforço para então sentir o restante do meu corpo. Sinto os dedos da minha mão serem sustentados por dedos familiares, confortáveis e consigo os mover levemente para retribuir aquele afeto tão conhecido. Esse breve movimento faz com que a voz rapidamente me chame novamente. Tento respondê-la, mas minha boca está seca e não faço ideia de quanto tempo estou sem falar, pois nada sai da minha boca, apenas um leve gemido no esforço de tentar levar as palavras para fora dos meus lábios.

Me concentro em tentar mover mais alguma coisa e encontro forças suficientes para pender meu rosto para o lado, procurando a voz que insistia em me trazer de volta. Pude sentir seu sobressalto de imediato ao meu lado, a mão gentil e reconfortante que segurava meus dedos se soltam e são levadas até o meu rosto, com novos chamados, que agora eu conseguia identificar sendo meu nome. Sim, eu era Mon, eu era a Mon dela. Seu toque em meu rosto foram como cura para mim. Eu conseguia sentir minimamente os músculos do meu rosto reagindo e queria encontrar as terminações nervosas que me fariam abrir os olhos.

Podia sentir seu toque em meu rosto, sua voz me chamando e seu cheiro tão próximo de mim, mesmo que misturado com aquele cheiro específico e forte de hospital, mas aquele cheiro confiável e único eu reconheceria em qualquer vida. Eu queria alcançar aquele quarto sentido e poder abrir meus olhos e olhar para ela, ver aquela que fazia meu coração saltar dentro do peito agora. Um rouco gemido escapou pelos meus lábios novamente pelo meu esforço, mas que me recompensou imediatamente assim que consegui abrir os olhos e vê-la ali, bem próxima do meu rosto. Seus olhos de jabuticaba cheios de lágrimas que eu queria ter forças agora para poder limpá-las. Enfim encontro minha voz, e posso nomear aquela à minha frente que me recebia com tanta alegria e alívio.

- S.. Sam...

- Sim meu amor, sou eu, eu to aqui.

Em meu rosto consigo sentir a delicadeza de uma de suas lágrimas caindo em minha pele e que ela prontamente desliza seu polegar sobre ela para secar. Inclino meu rosto para sentir mais do seu carinho. Sam abaixa apressadamente a máscara que ela usava em seu rosto e se inclina, me recebendo com um leve selinho nos lábios. Posso sentir meu coração errar uma batida antes de acelerar ansiosamente em meu peito e já que estava ligada a tantos aparelhos, a máquina ao meu lado acelera seu irritante barulho também. Sam se afasta assim que a máquina apita e me olha preocupada, mas nada no mundo me tiraria o imenso sorriso que eu tinha em meu rosto agora.

Amor entre a Guerra (MonSam)Onde histórias criam vida. Descubra agora