Fui para meu dormitório com passos pesados, me sentei na cama e fiz carinho na nuca; me acalmava. Eu estava inquieta, puxei o radio e o enrolei novamente com papel alumínio, apertei o canal e esperei por uma resposta.
-"luar?"-disse entre ruídos
Eu me levantei e fui até uma cadeira, fiquei em pé encima da cadeira com os braços guiados para o teto.
-"sim, está me ouvindo?"-eu disse sem equilíbrio.
-"agora sim, por que está entrando em contato?"
-"descobriram minha identidade.."
-"oque?! Do que esta falando?!"
-"mas quem descobriu também é infiltrado, ou melhor, eles são infiltrados"-mordi os lábios no final da frase.
-"espere, me diga quem são e de onde eles vem"- eu neguei com a cabeça para mim mesma.
-"a única coisa que sei é seus codinomes; Ghost e Konig"
-"Konig é do reino unido"-eu passei a mão pelos lábios de nervosismo.
-"nosso país está fazendo acordo com outros 5 países"-ele disse e eu ouvi barulho de teclado.
-"países? Quais?"-perguntei.
-"Inglaterra, França, Austrália, Reino Unido e o outro não sei"-ele disse e mordi os lábios.
-"Luar, preste atenção, eu vou tentar entrar em contato com você assim que conseguir mais informações."-ele disse-"câmbio, desligo".Eu suspirei, estava me perguntando como consegui vacilar assim, anos de treinamento para ser descoberta de uma forma tão patética, martelei levemente minha testa com a mão e me joguei na cama, meu corpo estava completamente dolorido. Existia uma penteadeira com um espelho em frente minha cama; me levantei e fui até ela, puxei minha blusa para cima e depois a jogando encima da cama. Eu estava com uma marca roxa na costela por conta da batida contra a madeira no quarto de Konig, respirei fundo e abri uma gaveta pegando um gel para fazer massagem, eu coloquei um pouco na mão e passei na lesão, minha pele quente entrou em contato com gel frio que me deu um pequeno arrepio térmico, eu prendia a respiração e soltava travando por conta da dor;
"-Ah.. Droga.."-eu disse um pouco alto.KONIG E GHOST.
-"então vai ser assim, melhor irmos rápido para o dormitório dela.."-Ghost disse puxando sua arma e saindo com konig logo atrás. Por onde eles passavam os soldados os encaravam surpresos, tanto por suas patentes quanto seus físicos.
-"você bate na porta"-konig disse para ghost quando eles já estavam de frente o dormitório da mulher.
-"cara, por que eu?"-ghost cerrou os olhos em incompreensão.
-"dá vergonha"-konig disse baixo limpando a garganta.
Ghost soltou um riso pelo nariz.
Narrador on.
Ghost levantou a mão e guiou até a porta da garota para bater -
"ah droga.." eles ouviram uma voz feminina dizer em um tom duvidoso, Ghost arregalou os olhos e passou-os ligeiramente para Konig que fez o mesmo, konig levou a mão até a boca que estava coberta pelo pano se arregalou mais o olhos e ghost fez o mesmo mas com um rosto mais de surpresa e "felicidade". Ambos pareciam crianças, colocaram os ouvidos prensados na porta e ainda estavam se entreolhando incrédulos.Selene on
Passei todo o gel e comecei a massagear lentamente e depois coloquei minha camisa até a altura dos seios, ainda deixei a mostra minha cintura; peguei alguns gazes e coloquei por cima logo depois cortando um pedaço de fita com os dentes e prendedo em minha pele. Respirei fundo de alívio por aquela dor ter passado por hora, meus olhos foram para baixo da minha porta e eu conseguia ver duas sombras se movimentando, abaixei minha blusa e puxei meu canivete indo devagar até a porta.
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ENTRE FRONTEIRAS (Concluída)
أدب الهواةKONIG AND GHOST "Entre fronteiras" é a história uma mulher albina que nasceu em um ambiente sem amor paterno ou materno devido aos remédios tomados por sua mãe para tentar abortá-la. Ao completar 18 anos, a mãe dela falece e ela decide ingressar no...