𝐄𝐔 𝐓𝐄 𝐀𝐌𝐎 (𝐟𝐢𝐧𝐚𝐥)

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-"Selene.."-a voz de Horangi ecoou pela sala pequena.

Ele deu alguns passos até mim e entendeu sua mão, o olhei com raiva.

-"sai de perto de mim"

-"incrível, não faz 30 minutos que está acordada e já ia fugindo de seus problemas?"-ele perguntou irritado, desviei o olhar para a janela novamente.

-"não foi nada pessoal"-sua voz estava mais pesada.

Olhei para ele novamente e ele tirou os óculos, seus olhos eram pretos e levemente puxados.

-"então era você.. Você que fez aquilo debaixo do trailer"-pensei alto.

Ele olhou para os cantos e se agachou na minha frente.

-"fica quieta Selene"-ele fez uma tesoura com as mãos.-"ou eu corto sua língua"

Entortei um pouco os lábios antes de me arrastar levemente para trás e me encostar na parede.

| WORDPAD no computador, sou péssima digitando então perdão se houver erros.. :) |

-"vai embora"- falei com a voz trêmula e ele deu um sorriso sarcástico se aproximando e enrolando a mão no meu braço com força.

-"acha que é quem para mandar em mim"- ele sussurrou irritado e eu o olhei, por um momento seus olhos enraivados se suavizaram e sua mão me soltou devagar.

-"você é uma mulher incrivel, não foi nada pessoal..sinto muito mas meu país sempre veio e sempre vai vim acima de tudo e todos"- ele deu ênfase na palavra 'todos' oque me fez o olhar com indiferença.

-"você vai se arrepender disso, Horangi"

-"não importa"

-"você não é russo, não passa de um mentiroso perrapado"

ele puxou seu oculos escuro e tampou os olhos.

-"exatamente, mas você será uma heroína- ele pareceu dar um sorriso por baixo da máscara-"uma vida que salvará milhares,ou melhor, a população."

ele segurou sua arma contra o peitoral.

frazi as sombrancelhas-"do que está falando?"- fiquei de frente ele o encarando com seriedade.

-"enquanto te batem e depois te enforcam, vai acontecer algo, seja esperta... quem sabe você consiga fugir"

olhei para o chão confusa-"oque..uma execução?"- sussurei baixo e ele riu rouco.

-"com uma guerra civil, boa sorte Selene..e sinto muito"- ele deu um suspiro pesado.

olhei para cima e ele puxou um saco de pão tampando minha visão me debati mas o mesmo passou o antebraço na minha cravicula me guiando para fora da sala.

ele virou a direita, seguiu 10m até a esquerda no que eu julguei ser o fim do corredor e caminhamos reto por uns 20m.

"direita, 10m primeira esquerda,reto a 20 passos ate sentir o vento gelado passando por minha pele." pensei, calculando.

ele puxou ligeiramente o papel do meu rosto, respirei fundo e estávamos no pátio ao ar livre que eu consegui ver pela janela.

tinham vários soldados rindo e comendo, os mesmos me olharam com uma certa maldade enquanto mordiam pão seco e tomavam algo em uma caneca de metal.

Horangi me empurrou com força no chão e os soldados se levantaram se aproximando de mim, me levantei rapidamente ficando em posição de luta pronta para qualquer ataque vindo de mais de 200 homens.

meus olhos marejaram e um sorriso cresceu nos meus lábios,eu sabia que não passaria de 5 minutos mas não importava, nada mais importava, não naquele momento.

ENTRE FRONTEIRAS (Concluída) Onde histórias criam vida. Descubra agora