Fim

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Agora sim: o fim.

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continuação......

Horas se passaram, e a ansiedade de Carina aumentava a cada minuto.

Enquanto seus pensamentos vagavam, pelas lembranças, ouviu um barulho de chave na porta. Seu coração acelerou e ela rapidamente desligou a TV, se levantando do sofá mas ficando perto do móvel de uma maneira que dava para ver Maya quando entrasse. Se ajeitou e repassou algumas notas mentais. Era chegada a hora de enfrentar aquela conversa difícil, mas necessária.

- Maya... - disse de forma calma o nome da esposa assim que os olhos se cruzaram, sua voz carregada de sentimentos. - Precisamos conversar.... - disse para a loira que ao ouvir apenas tirou sua mochila dos ombros, olhando com receio, e deu um passo em sua direção.

Maya saiu do hall principal e entrou na sala, hesitou por um instante, como se estivesse ponderando se deveria continuar ou não com aquela conversa. O silêncio entre elas era pesado, repleto de palavras não ditas.

- Carina.... - disse arrastadamente - Não sei se consegui me organizar ainda... - revelou um pouco do que acontecia dentro dela, sua voz saiu um pouco trêmula.

- Eu não quero brigar, Maya... . Eu quero te ouvir, te entender... - Carina falou com calma, mas não estava tão calma assim. Na verdade estava apreensiva, suas mãos suavam e ela as passou no jeans que vestia, para tirar a umidade.

- Onde estão as crianças? - Maya perguntou, desviando o olhar de Carina enquanto observava o ambiente, procurando vestígios da presença dos filhos que não tinha encontrado, como brinquedos no chão, cadernos sobre a mesa ou mochilas jogadas pelos cantos.

- Deixei os três na sua mãe... - a italiana disse e ao encontrar novamente os olhos azuis presenciou uma cara de confusão no rosto da esposa.

- Por que? - Maya indagou, buscando claramente algo para focar além da conversa iminente, como uma desculpa para trocarem de assunto.

- Na verdade foi ideia do Andrea... - Carina esboçou um sorriso ao lembrar do momento que o filho tinha sugerido aquilo.

- Do Andrea? - perguntou confusa, certamente tinha perdido uma parte da história.

- Sim, Maya....

Foi impossível a italiana não dar um grande suspiro, sentindo em seu peito o peso dos acontecimentos da semana e seguiu explicando - Mesmo a gente tentando disfarçar, nossa situação já começou a atingir nossos filhos. Eles percebem....

Carina se aproximou do sofá e colocou um dos joelhos no estofado, cruzou os braços analisando a mais nova. Respirou fundo novamente e depois, olhando para sua esposa, viu Maya abaixar a cabeça, ela claramente não estava bem.

- Ele pediu para passar o final de semana lá, com os irmãos, para a gente poder se entender.... - concluiu a explicação do que tinha acontecido.

Maya levantou o rosto que fitava o chão e os olhares de ambas se encontraram novamente, a tristeza nos olhos de Carina foi quase insuportável para Maya. A capitã permaneceu em pé por um tempo, imóvel, como se estivesse incerta sobre o que fazer. Mas, depois de segundos, ao ver a expressão preocupada de Carina, decidiu se sentar no sofá.

Maya se aproximou cautelosamente de onde Carina estava e se acomodou, mantendo uma certa distância da esposa, como se estivesse se protegendo. Carina que ainda estava com apenas um joelho encostada ali se sentou também. Não se olharam diretamente, na verdade, seus olhos evitavam o contato direto, a postura da loira era visivelmente tensa, como se estivesse pronta para se defender.

Maya e Carina - Depois do acidenteOnde histórias criam vida. Descubra agora