Maya e Carina - Depois do acidente

Nova realidade

Carina POV

Amélia chegou na sala de terapia intensiva minutos depois de ser acionada.

- Amy, ela apertou minha mão!!! Dá pra acreditar nisso!

- Essa é uma ótima notícia Carina! - Amélia fica feliz pela amiga e pega o prontuário de Maya e começa a repassar algumas informações - Só vou verificar os aparelhos, enquanto isso pode continuar estimulando ela com conversas. - Amélia, devolveu o prontuário para o local onde estava e foi conferir os resultados do o eletroencefalograma contínuo, a atividade cerebral havia progredido. - Isso é bom.

Durante todo o tempo continuei conversando com Maya, as mesmas palavras que tinha dito anteriormente, com carinho, pausadamente e sempre segurando sua mão.

- Agora vou avalia-la na escala de coma de Glasgow e verificar assimetrias de resposta e pupilas. - Amy prossegue nos exames.

- Olha, ela apertou outra vez!!! - Falo olhando para Amélia para ver se ela tinha visto o movimento.

- Isso é ótimo!!! - Fala Amélia pausando o exame e pegando nas mãos de Maya. - Continue estimulando. - continuei conversando até que Maya repetiu o movimento. - Eu senti! Muito bom Maya! Muito bom!!! Vou prosseguir com os exames.

Nesse momento meu coração explodia de felicidade, não consegui conter as lágrimas e o sorriso largo. 

- Certo. Ela está bem, está evoluindo de forma surpreendente, mas ainda permanece em coma,  atingiu um total de 7 pontos na escala Glasgow, pois ainda não tem abertura ocular ou resposta verbal, a reposta motora ainda precisa evoluir, mas hoje Maya deu um passo importante.

Assenti e Amélia continuou.

- Como você sabe, a partir do momento em que o paciente começa a melhorar, uma das primeiras áreas que têm retorno das atividades é a área auditiva. Por isso, a gente sempre estimula que a família converse com o paciente, porque, caso já tenha algum indício de melhora do quadro, ele pode começar a ouvir, pode começar a ter esse estímulo sonoro.

- Conversei com ela a todo momento. - eu disse, fazendo um carinho no antebraço da minha esposa.

- Eu imagino, você foi a melhor acompanhante que Maya poderia ter tido. - Amy responde com um sorriso. - Agora, apesar das respostas ainda precisamos averiguar os exames que faremos amanhã de manhã, mas tenho quase certeza que eles terão um resultado satisfatório, até mesmo surpreendentes e liberarei ela para o quarto. Vá pra casa hoje, Carina... você também precisa descansar de forma satisfatória. Amanhã cedo pode retornar para acompanhar os exames. Vamos deixá-la descansando essa noite, seu corpo ainda precisa de muito repouso para tudo que ela precisará enfrentar.

- Está bem, Amy. Vou para casa, realmente, esses dias foram bem intensos para mim. Minhas costas doem e sinto muito sono, o tempo todo.

- Ih Carina.... será que você não está grávida? - Amélia pergunta franzindo o cenho e logo em seguida levantando as sobrancelhas enquanto um sorriso surgia em seu rosto.

- Você também, Amy? Per Dio (Por Deus)!!! - disse jogando minha cabeça para traz, dando um pelo suspiro com a boca aberta.

- Ué, por que eu também? - perguntou surpresa - Vocês não estavam tentando?

- Sim, estávamos, e a mãe de Maya me perguntou a mesma coisa. Fiz um teste há uns dias e deu negativo.

- Entendi, pode ser indisposição mesmo. Ficar direto no hospital é muito cansativo. 

- Sim, acredito que seja isso mesmo. - assenti - dormir no hospital por diversas noites era difícil.

- Bom, vou indo - a neuro começa a de despedir. - estou muito orgulhosa da minha paciente. Até amanhã de manhã!