Caminhavam tranquilamente pela vasta floresta, Minho estava distraído encarando as árvore e ouvindo o cantar dos pássaros.
De repente parou ao se ver em um penhasco, demoraram para chegar ali enquanto caminhavam em silêncio pela floresta, mas o lugar da tal surpresa que Jisung preparou seria aquele?
— Preparado? — Jisung perguntou, tentando conter sua alegria.
— Eu acho que sim... — Minho resmungou, virando-se para o outro. — Na verdade eu não entendi muito bem o que voc-
Sem sequer esperar que ele terminasse a frase, Jisung o empurrou pelos ombros do penhasco e logo depois assobiou ao ouvir o grito desesperado do Lee. Correu para a ponta, vendo-o cair enquanto balançava as mãos e tinha uma expressão horrorizada no rosto.
Ao ver o enorme dragão se aproximar do penhasco, pulou em cima dele e então o animal voou em uma velocidade absurda de tão rápido em direção ao corpo de Minho que ainda caía, ficando embaixo do corpo dele fazendo-o cair de modo desajeitado em cima das costas escamosa do animal.
Minho deslizou e quase caiu, sentindo as mãos do comandante agarraram seus pulsos e o puxar para cima, ajudando-o a se sentar nas costas do dragão.
— Você quer me matar?! — Minho esbravejou em um misto de raiva e medo. Ainda estava horrorizado.
— Deixe para me brigar depois. — Jisung falou em um tom alto, rindo. — Apenas aproveite o momento.
O moreno mais nada falou, apenas encarou absorto as árvores verdes que pareciam tão pequenas vendo de cima, sorrindo minimamente ao sentir a sensação de liberdade.
Quando decidiu se tornar um astronauta foi justamente para sentir com frequência aquela sensação. A sensação de que nada no mundo é capaz de o prender, aquela sensação de ser livre.
Obviamente voar em um dragão é algo novo e completamente assustador para si, mas ainda assim o fazia sentir um friozinho na barriga o deixando nostálgico com a sensação. Quando voltou para a terra e a viu daquela maneira, imaginou que nunca mais iria voar, agradecia por estar enganado.
Jisung o olhou por cima dos ombros ao sentir os braços do Lee rodearem sua cintura fina, mordendo a ponta da língua ao sentir o queixo de Minho em seu ombro.
— Por dentro das árvores, Marana.
O Lee arqueou as sobrancelhas confuso com o idioma nativo do outro, ficando surpreso ao vê-los descer e adentrar a floresta, tendo a visão a cima de si das folhas verdes das enormes árvores. O dragão desviava de alguns troncos e galhos, indo na direção de um lago e virando, fazendo com que ele e Jisung ficassem de cabeça para baixo.
Minho soltou uma das mãos da cintura do Han apenas para tocar o fluído, rindo ao ver seus dedos cortarem a água conforme voavam por cima do lago. Novamente o dragão virou, rodopiando levemente e parando ao chegarem do outro lado da margem, tocando as patas no chão.
O comandante inclinou o corpo para a frente e olhou nos olhos do dragão com um sorriso, esfregando o rosto dele antes de virar levemente o corpo para o Lee. Minho recuou dando espaço para o que outro descesse da montaria, vendo-o pular no chão e o ajudar a descer do dragão logo depois.
— O que achou de voar assim? — Jisung perguntou visivelmente ansioso por uma resposta. Isso fez com que o Lee risse fracamente de si.
— Foi incrível, não imaginei que teria a oportunidade de voar novamente. — Minho respondeu franco. — E claro, é totalmente diferente de todos os voos que fiz.
— Ah que bom que você gos-
— Mas você não deveria ter me empurrado! Você nem falou nada, não me deu um aviso, pensei que tentou me matar! — Minho o cortou e começou a falar eufórico. — O que deu em você para me apresentar a um novo dragão desse jeito?
Jisung apenas riu, aproximando seus corpos e abraçando o maior que envolveu o corpo pequeno no abraço.
— Desculpa ter assustado você. — Murmurou. — Marana não pode se aproximar do recanto, esse era o único jeito.
— Por que ele não pode se aproximar?
— É melhor você não saber. — O Han cochichou e se afastou. — Vamos nos banhar nesse lago? A água é quente porque tem um vulcão aqui perto.
— E se entrar em erupção? — Minho questionou preocupado. — Estamos meio longe de casa.
— Estamos?
Minho o olhou confuso, não conseguia entender exatamente o que o outro quis dizer com aquela pergunta, mas percebeu que era uma pergunta retórica.
— Estamos juntos, então estamos em casa. — Resmungou ao perceber a confusão do Lee.
O moreno abriu um sorriso envergonhado genuinamente, puxando o rosto pequeno do outro com as mãos e aproximando suas bocas em um rápido selar. Quando se afastou percebeu que as bochechas do comandante estavam rubras, rindo fracamente. Era a primeira vez que o via sem graça.
— Mas não é fundo? Sabe que não sei nadar. — Minho falou averiguando o lago.
— Não é.
Se sentindo convencido o Lee concordou, tirando a blusa e a jogando no chão próximo de onde o dragão estava deitado. Jisung também tirou a parte superior das vestes, preferiram ficarem com as calças.
Jisung se jogou no lago, mergulhando com tudo e submergindo logo depois, virando o corpo na direção do Lee. Após suspirar, Minho juntou um pouco de coragem e pulou dentro da água, sentindo os pés descalços tocarem as pedras. A água ficava em sua cintura.
— Quando foi que fiz isso? — Jisung perguntou ao gargalhar, encarando o tronco nu do Lee.
— Fez o que? — Minho resmungou confuso, pegando um pouco de água com as mãos e jogando contra o próprio corpo.
Jisung nadou até onde ele estava, tocando a pele molhada do mais velho com os dedos curtos, apontando para uma pequena marca vermelha na clavícula do Lee. O moreno abaixou o olhar para verificar e então riu, dando de ombros logo depois.
— Eu não quero que você vá. — Jisung falou de repente, olhando nos olhos do Lee com certa intensidade. — Por favor.
Minho o observou surpreso, sem saber exatamente o que falar ou como reagir a aquilo. Ele nunca imaginou que ouviria algo do tipo saindo dos lábios do comandante.
— Tudo bem. Não irei a lugar algum. — Minho cochichou, beijando a bochecha do Han.
O comandante concordou, empurrando levemente o corpo do moreno para trás o prendendo contra seu próprio corpo e a borda do rio, tomando os lábios de Minho para si pela primeira vez aquele dia.
——
Eu achei esse capítulo tão fofo :'(
Tradução do Cingalês: Marana = Morte.
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Tears [MINSUNG]
FantezieLee Minho e seu irmão Felix são dois astronautas que estavam em uma missão no espaço quando o mundo em que viviam foi bombardeado por uma radiação que matou milhares de pessoas. Depois de anos presos dentro de uma nave no espaço, os rapazes acabam s...