Jisung estava parcialmente deitado na banheira, os cabelos jogados para fora na tentativa de evitar molha-los e os braços apoiados nas bordas tentando manter seu corpo relaxado com a ajuda da água morna.
O silêncio do lugar predominava, apesar dele não estar sozinho no cômodo. Christopher estava no quarto próximo da sacada, observando o movimento do mercado de maneira distraída.
— O que te preocupa? — Jisung perguntou e então abriu os olhos, apoiando os dois braços na mesma borda, virando um pouco o corpo para a direção em que o outro estava.
— Por que não me puniu? — O loiro questionou, virando-se para o comandante. — Você deveria me matar, Jisung.
Os olhos opacos do Han encaravam o rosto do mais velho, descendo o olhar para o pulso coberto por panos na tentativa de esconder a falta da mão.
— E por que eu deveria? As informações que você passou são irrelevantes, fora que foi um caso de vida ou morte. — O comandante respondeu. — Não tem porque aplicar uma punição em você por ter priorizado a sua vida, Chan.
— Mas...
— Você fez bem em escolher viver, afinal sua família precisa de você. — Jisung o cortou, sorrindo cansado para o mais velho. — Me ajuda aqui? Não sinto minhas pernas.
Prontamente o loiro foi de encontro ao outro, suspendendo-o com cuidado e o enrolando na toalha, antes de pega-lo no colo e o levar até a cama. Jisung moveu os dedos dos pés e então suspirou, sentia sua coluna doer e as vezes a dor era forte o bastante para não conseguir mover as pernas, pelo menos não sentia que as movia.
Com a única mão o loiro tocou um dos pés do comandante, tentando iniciar uma massagem e se frustrando por não conseguir. Ainda estava estranhando fazer as coisas com a mão esquerda.
Batidas na porta soaram antes de Jeongin colocar a cabeça para dentro pedindo por licença, adentrando o cômodo com um pequeno sorriso. Ultimamente Minho estava sempre andando com o adolescente, um seguia o outro para todo lado, tanto que Jisung acabou se acostumando em ter ele presente todos os dias na torre e na mesa com eles durante as refeições.
Não sabia ao certo como aconteceu, mas aparentemente de uma maneira inconsciente eles adotaram o órfão. E graças a convivência Jeongin não gaguejava tanto na frente deles, nem mesmo na de Jisung.
— Temos uma surpresa para o senhor, peço que feche os olhos. — A voz soou entusiasmada e aquilo só preocupou ainda mais o Han, sabia que aqueles dois juntos aprontavam.
Com um suspiro ele obedeceu, fechou os olhos e se manteve imóvel ouvindo passos cautelosos dentro do quarto, antes da voz de Minho soar baixinha pedindo que ele os abrisse novamente.
Quando suas orbes se fixaram na figura do marido ele não acreditou, gargalhando incrédulo. O pequeno dragão estava preso ao peito do Lee, batendo levemente as asas pequenas.
— Quando conseguiu? — Jisung perguntou curioso, ultimamente seu maior entretenimento era ver Minho tentando chocar o ovo do dragão e falhar miseravelmente.
— Não é apenas você que tem um dragão de estimação, sabia? — O Lee falou breve. — Recebi alguns conselhos de Baekhyun e-
— Baekhyun? — O comandante o cortou, mudando a expressão automaticamente.
— Sim... Ele passou pelo mercado para buscar algumas sementes de algo que não entendi bem, percebeu que eu estava com um ovo de dragão e conversamos sobre como chocar e cuidar de um... — Minho respondeu, coçando a cabeça. — E pelo que ele disse, parece ser fêmea.
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Tears [MINSUNG]
FantasiaLee Minho e seu irmão Felix são dois astronautas que estavam em uma missão no espaço quando o mundo em que viviam foi bombardeado por uma radiação que matou milhares de pessoas. Depois de anos presos dentro de uma nave no espaço, os rapazes acabam s...