Ao voltarem para o recanto se separaram. Jisung deixou o mais velho no quarto e se dirigiu para o próprio aposento, dispensando a mulher que preparou seu banho e adentrando logo depois a banheira de madeira.
Estava completamente pensativo que sequer se lavou, ficou apenas sentado na banheira encarando o teto enquanto sua mente não parava quieta um segundo sequer. Mal viu Christopher adentrar seu quarto.
— Senhor?
O mais velho chamou, porém estava tão inerte aos pensamentos que não o ouviu. Jisung despertou do transe e saiu do mundo da lua apenas quando o maior tocou seu braço molhado, atraindo a atenção do comandante.
— O que lhe preocupa? — Christopher perguntou, pegando a bucha e a molhando, esfregando no braço tatuado do menor.
— Eles estão caçando os dragões. — Jisung comentou, encolhendo as pernas dentro d'água. — Estão matando divindades da natureza, Chan.
— Para nós são divindades, mas não para eles. — O mais velho comentou. — O que fará?
— Preciso reunir todos os líderes das outras tribos. — Jisung falou e o olhou. — Nós temos que dizima-los ou então eles não vão parar até que não sobre nada.
— Você tem certeza que essa é a única solução?
Jisung se manteve em silêncio, não sabia responder aquela pergunta. Ele odiava agir com pacificação e sempre que tentava ser pacífico com os meio sangue o seu povo morria.
Christopher pigarreou enquanto esfregava as costas do comandante, percebendo os olhos escuros lhe fitarem por cima dos ombros.
— Está tudo pronto para a cerimônia. — Comentou. — Lee Minho também já está pronto.
Jisung riu fracamente com a notícia, imaginou que iria dar mais trabalho em convencer o Lee, mas agradecia mentalmente por não precisar ameaça-lo.
Eles tinham costumes e eram bem diferentes em absolutamente tudo, mas realmente foi agradável o tempo que passaram juntos no passeio de mais cedo, apesar do final desastroso e o silêncio desconfortável que os seguiu durante o caminho até sua torre.
— O que vai acontecer depois da cerimônia? — Christopher perguntou curioso.
— Ele vai precisar se adaptar melhor e não ficará preso no quarto... — Jisung resmungou. — Mas temos que ficar sempre por perto para evitar que se machuque.
— Não pretende ensina-lo a lutar?
— Não. — Jisung se virou e sorriu minimamente, concordando com a cabeça com seus próprios pensamentos antes de decidi fala-los. — O Minho é ridiculamente amável, não adianta dar uma espada ou lança a ele sendo que ele não saberia usar para se proteger.
— Mas ele precisa saber autodefesa, senhor... — Christopher comentou, incerto.
— A autodefesa dele é sua inteligência e as palavras não tão sábias. — O comandante gargalhou, negando. — Eu serei seus punhos, lanças e espadas.
— É tocante, mas receio disso. — Christopher murmurou e se afastou, levantando. — Sei que podem se aproximar com o casamento, mas espero que as emoções não o amoleça ao ponto de se sacrificar ou sacrificar o nosso povo.
— Eu sei o meu papel para com a tribo, Christopher. — O menor falou sério, olhando nos olhos do amigo. — Não irei negar nossos costumes ou colocar qualquer outra coisa na frente do meu povo.
O loiro concordou e pediu licença para se retirar, deixando o comandante sozinho para que ele se vestisse. Jisung suspirou e com pesar se levantou da banheira, puxando uma toalha para se secar.
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Tears [MINSUNG]
FantasíaLee Minho e seu irmão Felix são dois astronautas que estavam em uma missão no espaço quando o mundo em que viviam foi bombardeado por uma radiação que matou milhares de pessoas. Depois de anos presos dentro de uma nave no espaço, os rapazes acabam s...