Quatro dias se passaram e Minho nunca viu o recanto tão agitado do que como nesses últimos dias.
Pessoas não paravam de chegar ao lugar, outras treinavam dia e noite na arena. Estava tudo uma grande loucura. Inclusive, Jisung também mal parava no quarto.
Ele estava traçando um plano com os outros líderes de como iriam invadir o acampamento inimigo para resgatar Christopher. Totalizaram oito, fora Yoongi que foi morto e Jisung que era um comandante, ou seja, estava acima de todos eles. Todos os dias se reuniam na enorme sala de jantar, trancavam o cômodo e ficavam lá por horas.
Ultimamente Minho via o menor apenas a noite quando ele ia para o quarto descansar e olhe lá. As vezes não conseguia ficar acordado e Jisung chegava que ele nem via, não o vendo ao acordar já que o comandante sempre saía muito cedo.
Tudo o que Minho pensava esses últimos dias era no que fazer. Ele não concordava com o ataque, afinal muitas pessoas morreriam, entretanto ele não queria os impedir. Precisavam salvar Christopher.
Devido a situação crítica, Seungmin e seu filho foram trazidos para a torre e estão ocupando o antigo quarto que o Lee ficava. Assim, era mais fácil dele e até mesmo dos outros cuidarem do Kim que desde a notícia vinha passando mal com mais frequência.
A porta do quarto abriu e automaticamente Minho se virou em direção, franzindo a testa e se aproximando de Jisung que adentrou o cômodo praticamente sendo carregado por Seungmin visto que estava andando com o apoio dele.
— O que aconteceu? — Minho questionou, pegando o menor no colo e o levando rapidamente até a cama, deitando-o nela.
— Eu estava indo me deitar quando o encontrei passando mal no corredor, ele falou que sentiu um mal estar. — Seungmin falou, colocando a mão na testa do Han. — Esta soando frio.
— Precisamos chamar um médico. — O Lee falou nervoso, andando de um lado para o outro. — Como faço isso?
Jisung riu fracamente ao ver o desespero alheio, atraindo a atenção dos outros dois. O Lee se abaixou próximo da cama, tocando a mão do comandante.
— Eu não acredito que fiquei doente um dia antes da invasão. — Jisung murmurou. — Foi só um mal estar, já passou.
— Eu acho melhor chamar um médico, vai que seja algo mais grave. — Minho falou, olhando o Kim. — Sabe como posso me comunicar com um dos curandeiros?
Seungmin observou atentamente o comandante, encarando o rosto cansado até os pés do outro. Acabou negando, rindo fraco.
— Por que você está rindo? É uma situação séria! — Minho falou nervoso, recebendo um leve peteleco do Kim. — Aí!
— Jisung faz alguns dias que você está se sentindo assim? — O Kim questionou.
— Talvez.
— Se sente enjoado também?
— Aham. — O Han resmungou. — Virou curandeiro agora?
— Não, mas eu já estive grávido e sei como funciona. — O rapaz deu de ombros. — Esse mal estar e os enjoos que sente é porque você possivelmente está no início da gestação.
Minho que estava ao seu lado se entalou e encarou o rosto de Seungmin visivelmente assustado, olhando logo depois para o comandante que pareceu desacreditado e imóvel por certo tempo, antes de gargalhar.
— Eu saberia se tivesse algo dentro de mim, Seung.
— No início não tem como saber direito, recomendo que passe por consulta com Hoseok para não ficar na dúvida. — O Kim falou e então arrumou a postura. — Preciso ir, deixei Taehyun sozinho.
Dito isso o Kim saiu do quarto deixando os outros dois sozinhos. Minho encarava o comandante inexpressivo, percebendo que o Han estava atordoado com aquela hipótese.
Ele queria descendentes, mas talvez não estivesse preparado para gerar um agora. Sério, era um péssimo momento. Sua relação com Minho estava dando certo aos pouquinhos conforme se conheciam, fora que iriam iniciar praticamente um guerra. Tudo ficou bem confuso para o Han.
— Caso esteja, o que pretende fazer? Não pode ir para uma batalha grávido. — O Lee falou calmamente, deslizando os dedos na testa do Han para limpar o suor que acumulou no lugar.
— Já demoramos demais, sabe o que significa adiar um dia? — Jisung resmungou. — Significa que a cada dia que passa o tempo de vida de Christopher fica menor, então temos que fazer isso logo.
Minho suspirou com a resposta, já imaginava que o comandante responderia aquilo. Ele estava preocupado com Christopher também, mas querendo ou não sua família também corria perigo.
— Pelo menos deixe Hoseok avaliar, não é bom ficar na dúvida.
— Prefiro passar pela avaliação quando voltar, não quero que essa suposta gravidez interfira de alguma forma em meus planos.
— Jisung- — O Lee iria insistir, mas se deu por vencido ao ver a cara do outro. — Vou preparar um banho gelado para você.
Ao dizer isso ele se afastou, trocando a água da banheira para uma limpa e colocando próximo dela a bucha e o sabonete para que o menor não tivesse dificuldades durante o banho.
Quando Minho retornou, encontrou o comandante dormindo de forma tranquila com uma das mãos em cima da barriga enquanto a outra estava caída ao lado do rosto. O Lee suspirou, cobrindo o corpo do menor para o aquecer e então o observou em silêncio por alguns minutos.
Se Jisung realmente estivesse grávido o que fariam? Quer dizer, o propósito do casamento deles havia sido esse, mas ele realmente estava preparado para ser pai? Não sabia se estava sendo um bom marido, quem dirá se seria um bom pai.
Balançou a cabeça levemente na tentativa de afastar os pensamentos negativos, deitando ao lado do outro e encarando o teto do quarto. Ele iria acompanhar Jisung amanhã, precisava ficar ao lado dele e também era uma ótima oportunidade para rever seu irmão e o convencer a voltar com eles.
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Tears [MINSUNG]
FantasyLee Minho e seu irmão Felix são dois astronautas que estavam em uma missão no espaço quando o mundo em que viviam foi bombardeado por uma radiação que matou milhares de pessoas. Depois de anos presos dentro de uma nave no espaço, os rapazes acabam s...