Parte 12

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Aquilo foi inesperado. Diferente e inesperado!

Roçar meus lábios naquele tecido não estava sendo estranho, pelo contrário, foi provocativo. Desejei mais.

Abri os olhos semicerrados tentando encontrar vestígios de reprovação, se minha atitude tinha sido inapropriada, mas o que vi foram os olhos do sensei fechados, inertes naqueles sensações, assim como eu estava.

Afastei meus lábios e os olhos dele se abriram. Navegamos os olhares em silêncio. Ninguém quis dizer nada, talvez ele quisesse retomar o beijo, assim como eu queria.

Ousei mover a mão, que ainda segurava seu rosto, encaixando o dedo indicador na borda da máscara, na divisão entre sua bochecha e nariz, puxando-a gentilmente para baixo.

Pensei que seria barrada, mas não. Ficou imóvel esperando eu terminar o que fazia.

As pessoas perguntavam porque aquele ninja vivia com o rosto coberto e várias teorias eram levantadas. Do tipo, se tinha alguma deformidade, se era bonito a ponto de esconder o rosto ou, o mais provável, que ocultasse seu rosto para dificultar sua identificação.

Acreditava piamente nessa última. Até baixar a máscara totalmente.

Encarei sua boca semiaberta, desenhada perfeitamente. Seu queixo e maxilar eram tão bem estruturados que aquela pintinha no canto inferior esquerdo não ficou esquisita. Pelo contrário, contrastava muito bem com seu nariz pontudinho. Como um homem podia ter um nariz tão bonito?

O rosto inteiro dele era bonito.

Fiquei estarrecida, literalmente hipnotizada por cada centímetro daquele rosto. Prendi os olhos em sua boca e perdi a noção do tempo e do senso de ridículo, por ficar encarando-o daquele jeito.

Acho que nunca mais veria algo tão belo.

Bom, pensei assim até ele sorrir.

Foi mais um riso de canto de boca. Avassalador! Ria da minha cara de besta apaixonada, com certeza!

Seus dentes apareceram, dando o toque que faltava para aquela perfeição toda. Eu quase desmaiei, esquecendo-me de respirar.

Não quis outra coisa.

Cobri aquele sorriso com meus lábios, sentindo sua boca pela primeira vez. Os lábios firmes e carnudos dele se movimentaram, quase engolindo minha boca, numa voracidade que me fez arquear a cabeça para trás.

Agora era ele quem levava as mãos em meu rosto, me puxando para si. Sua língua pediu passagem e, ora procurava a minha, ora explorava cada centímetro da minha boca.

Soltou o ar de forma brusca, deixando escapar um gemido baixo de apreciação. Estava se deliciando.

E eu estava perdida.

Já não estava pensando direito, enfiei as mãos naqueles cabelos, acariciando-os ao ritmo do beijo. Meu corpo tremia um pouco quando o forcei a se levantar, redirecionando as pernas, atravessando o colo do sensei com os joelhos.

A gente se encaixou certinho. Meu corpo parecia ser feito para o colo dele.

O vi arfar e quase me engolir em resposta. Travei os dedos em seus cabelos, puxando-os contra mim de uma forma nada gentil. Agora, quem soltou um gemidinho contido fui eu.

Suas mãos envolveram minha cintura e entraram por debaixo da camisa do uniforme do hospital. Senti seus dedos a puxarem para cima, pedindo para tirá-la.

Apenas cedi. Nossas bocas se descolaram para deixar o tecido passar.

Seus olhos desceram para meu colo. Meu sutiã tinha uma renda transparente na parte superior do bojo e o bico dos meus seios estavam rijos e expostos sob aquela renda. Eu passei a respirar ofegante, contemplando aquele olhar sobre meu corpo.

Treinamento Nível S - Kakashi HatakeOnde histórias criam vida. Descubra agora