Mal cheguei a Lisboa, tive que ligar o meu GPS enquanto ouvia "I see fire – Ed Sheeran". As ruas aqui são bastante movimentadas – transito – para não falar, que as placas são bastante confusas. Por vezes, até sinto que já passei por esta avenida. Comecei a seguir as indicações do GPS e finalmente consegui encontrar onde ficava a minha universidade e principalmente o prédio onde fica o meu apartamento. Tentei ao máximo encontrar um apartamento perto da universidade, mas infelizmente só consegui num local onde fica a dez minutos de carro, mas pelo que a senhoria me disse, aquele prédio era mais frequentado por estudantes da ESEL, se bem que não me importava, nada de comprar aquele apartamento.
Mal cheguei, estacionei o meu carro no estacionamento dos moradores do prédio e fiquei a pensar um bocado enquanto desligava o GPS e a rádio.
Estou bastante curiosa para entrar no prédio e conhecer o meu apartamento, tal como também, socializar com os estudantes, quem sabe se não irei fazer uma jantarada para todos.
Saí do meu carro e comecei a carregar as minhas caixas e malas para fora do carro e, ainda tenho de ir comprar mobílias para o apartamento. A senhora disse que estava vazia a casa para quem quisesse, decorar à sua maneira.Mal entrei dentro do meu prédio com algumas caixas na mão, notei que para subir as escadas tinha de abrir a porta de fogo com umas chaves ou então ir pelo elevador, mas como estou assim tão carregada, prefiro mil e uma vezes ir pelo elevador.
Faço ideia a confusão que deve ser para os jovens entrarem no elevador e chegarem ao seu destino quando existem festas em um dos apartamentos.Assim que chego ao elevador para inserir lá dentro algumas das caixas, deparo com um papel na porta do mesmo "Aviso – caros moradores, devido a um problema técnico o elevador deixou de funcionar, por isso, utilizem as escadas de emergência até ao vosso andar, pedimos imensas desculpas por tal incómodo."
Só podem estar a brincar comigo! – Resmunguei alto – como é que irei conseguir sozinha carregar estas caixas?
Chateada, intrigada com tal situação e, mesmo sabendo que não tinha outro remédio, peguei nas minhas três caixas e tentei levar as mesmas ao meu colo. De repente, enquanto subia as escadas, uma das caixas acabou por escorregar dos meus braços e, cair, até que de repente um rapaz loiro, um tom moreno de pele e de olhos verdes, acaba por segurar a caixa que me escorregou dos braços.
- Calma moça! – Sorriu – tens aqui a tua caixa – deu-ma – devias ter pedido ajuda ao porteiro, porque esta caixa está muito pesada.
- Tens razão, eu sei que as caixas estão pesadas, só que infelizmente parece, que o elevador está avariado – respondi.
- Isso é mais uma das partidas dos populares da universidade – riu-se – ainda há bocado utilizei o elevador e estava em ótimo estado! – Sorriu novamente – mas não te preocupes, eu vou ajudar-te com as caixas e vamos pelo elevador, isto se quiseres.
- Que idiotas, estúpidos, burros, otários...mas quem é que pensam que são para fazerem tal coisa? – Questionei indignada – a brincar assim com os restantes? Já agora, obrigada pela ajuda, mas não te quero chatear.
- Não chateias nada – sorriu – eu também não tenho nada para fazer neste momento. Já agora, como é que te chamas?
- Inês Ávila, já agora muito prazer – sorri – e tu, como te chamas? Desde já, quero agradecer-te por teres sido bastante simpático ao ajudares-me a trazer as caixas até ao meu piso. – Disse meio envergonhada.
- Tens um nome porreiro, se bem, que tens mais cara de Catarina.
- Não concordo, mas opiniões são opiniões – rimo-nos – e, mais uma vez obrigada por estares a ser muito generoso comigo.
- Eu não sou assim nada de especial – disse-me com um sorriso – uma pergunta e espero que não leves a mal, a tua família é de Coimbra?
- Sim porquê? – Confirmei com algum receio.
Comecei a ficar desconfiada que este moço simpático pudesse saber quem é a minha família e sobretudo, que tivesse-me reconhecido através das capas das revistas "TV guia" , "TVI mais" e afins. Se bem que, espero que tal coisa não me comprometa aqui em Lisboa, porque quero ser uma moça normal e sobretudo, que não me olhem como – aquela ali é a Inês Ávila a ricalhaça – ou então – como ela tem dinheiro vamo-nos aproximarmo-nos dela – situações que infelizmente já me aconteceram.
- É que tenho a sensação que o teu último nome e o teu resto, sejam-me familiar, é como se já tivesse te visto em algum lado.
- Deves estar a fazer confusão com outra moça – sorri – eu vim do campo, até de uma família bastante humilde e trabalhadora – o que é verdade – mas de resto, é impossível de me teres visto em algum lado ou até o meu nome – sorri – deves estar a fazer confusão com outra pessoa. – Tive que mentir para me proteger.
- Sim deve ser isso – sorriu – devo ter-me confundido com alguém, já agora dá-me o resto das caixas para eu carregar.
- Está bem, mas depois vais-me deixar recompensar-te com um pequeno lanche sim? – Sorri.
- Eu aceito, mas com uma condição, que não pagues a minha parte – sorriu – tenho imenso dinheiro e posso pagar a minha parte esta bem? – Disse-me e de seguida passou a sua mão na minha cara, o que me deixou um pouco confusa.
Fomos continuando a carregar as caixas que faltavam e as deixámos no meu apartamento, depois o moço acabou por almoçar comigo e também por me acompanhar até ao IKEA para comprar as mobílias e, as quais iriam ser levadas amanhã até ao meu apartamento, e depois decidimos ir ver um filme para distrairmo-nos e relaxar depois da tarde que tivemos. Sinceramente, eu sei que o conheço há algumas horas, mas até que estou a gostar bastante da companhia dele, mas também sei que tenho de ter muito cuidado. A minha mãe avisou-me de diversas coisas que ocorrem nas universidades e sobretudo, atitudes que os rapazes têm para com as moças.
Enquanto íamos a caminho do cinema, decidi mandar uma mensagem há minha mãe, visto que tinha-lhe prometido, que mal chegasse a Lisboa ligava-lhe.
- Olá mãe, espero que esteja tudo bem contigo! Peço imensas desculpas por não te ter ligado, mas infelizmente ouve uma partida no prédio e, infelizmente tive que ser ajudada por um moço quanto a levar as caixas até ao apartamento. Também já fui ao IKEA e comprei algumas mobílias por um preço formidável e as quais são muito acolhedoras, vais adorar! Estou agora a caminho do cinema, mas quando chegar a casa eu ligo-te com mais calma – mensagem enviada.
De repente, o moço pôs no seu carro a dar, a minha rádio favorita mega-hits.
- É a minha rádio favorita – disse com um sorriso.
- A minha também – sorriu – olha alguma vez foste ao Colombo?
- Não, mas já tinha ouvido falar.
- Era para ir contigo a outro shopping mas sendo assim, vamos ao Colombo para conheceres.
- Obrigada mais uma vez pela tua simpatia – sorri.
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O idiota do meu inimigo de infância - 1°Livro | revisão |
RomanceInês tem 19 anos e é de Tabua que fica no conselho de Coimbra. Decidiu vir estudar para Lisboa, numa das melhores faculdades de enfermagem. Por mais que digam-lhe que é uma decisão um pouco arrojada ela não desiste. Eduardo tem 20 anos e é de Tábua...