Capítulo 60

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Inês
Chegámos ao meu quarto e fomos nos deitando lentamente na minha cama enquanto nos beijávamos. Enquanto o Eduardo ia beijando o meu pescoço, ia passando com as minhas mãos sobre as suas costas, assim que fiquei com um pequeno espaço, retirei a sua t-shirt completamente molhada e o mesmo, retirou-me o robe e puxou um pouco da minha camisa de dormir para cima. Passou com as suas mãos nas minhas pernas, e ia dando beijos cada vez mais lentos, as nossas línguas dançavam em conjunto nas nossas bocas. Há medida que nos íamos despindo cada vez mais, ia ouvindo o respirar intenso e bastante rápido do Eduardo, como se pudesse o sentir, como se o corpo fosse o meu. Abri as minhas pernas, dando um jeito para que ele ficasse mais aconchegado.

- Tive tantas saudades tuas e da tua pele – disse-me ao ouvido enquanto penetrava devagar dentro da minha parte íntima – eu amo-te tanto.

- E eu a ti – continuávamos a trocar alguns beijos enquanto o Eduardo ia penetrando com mais intensidade e rapidez.

A minha cama batia contra à parede com imensa força, os nossos corpos estavam praticamente molhados com o prazer que sentíamos. Há medida que ele ia aumentando a sua força, ia fazendo pequenos gemidos, os quais passaram a enormes gemidos, tal como o Eduardo gemia de tanto prazer.
Não estávamos a fazer com o mesmo sentimento que as outras vezes, desta vez, fazíamos com a intensidade das saudades que sentíamos um do outro, com todo o carinho e amor que sentíamos.
Passado algum tempo, paramos e me deitei na minha cama a pensar no que acabámos de fazer. Eu acabei de me envolver com aquele que me traiu, que me escondeu coisas importantes, que foi o motivo de muitas vezes chorar. Será que não me precipitei? Será que cedi e agora irá me deixar novamente?

- Foi tão bom – disse-me e de seguida me beijou.

- Eduardo, pára – afastei-o – o que fizemos foi um erro, eu não devia ter cedido.

- Só podes estar a brincar comigo Inês! – Levantou-se logo de imediato da minha cama.

- Não Eduardo, eu não estou a brincar – sentei-me na minha cama ainda cobrida pelo lençol – já analisaste bem a situação? – Sentou-se ao meu lado na cama – primeiro fazes-me feliz, depois começas a esconder-me coisas, apanho-te enrolado com a minha rival, depois deixas-me sozinha e abandonada, passado algumas semanas, relembras-te que eu existo, chegas aqui, dizes coisas bastante queridas fazendo com que eu quebrasse e caísse na tentação, e sem garantias que depois disto, não vás embora – suspirei – daí eu dizer que foi um erro.

- Inês, se nós nos envolvemos, é porque quisemos, é porque nos amamos! – Suspirou – eu jamais iria-te obrigar a fazeres algo que não quisesses e já te dei imensas provas de tal coisa! – Assenti com a minha cabeça – eu sei que devia ter sido sincero contigo e que nunca deveria ter escondido as ameaças da Anastácia, mas eu não previa que as coisas fossem chegar ao ponto que chegaram – suspirou – eu sei que errei, mas é o que costumo dizer, eu não nasci com um livro de instruções o qual diz o que é certo e errado – pegou na minha mão – Inês, eu amo-te, aliás, eu sou completamente apaixonado por ti e peço-te, não digas que foi o erro nos termos envolvido.

- Foi um erro sim – comecei a chorar e o Eduardo pegou na minha mão.

- Não Inês, não foi um erro – sorriu – eu sei que estamos quase sempre em competição, que nos desentendemos, que discutimos, mas há uma coisa que não pudemos negar, é que somos loucos um pelo outro. E, eu não vou desistir de nós, de sermos felizes, da nossa bebé que eu irei querer mimar com tudo o que eu tenho – sorri – eu só quero ficar contigo.

- Que lindas palavras, mas se for preciso, há primeira hipótese vais-te embora – revirou os olhos.

- Inês isso não vai acontecer – gritou – eu amo-te porra, é contigo que eu quero ficar, ter a nossa Beatriz e mais bebés, é contigo que eu quero casar! – Olhei de boca aberta para ele, o Eduardo nunca pensou realmente casar – eu amo-te porra! E vou dizer isso as vezes necessárias para perceberes que eu quero ficar contigo e que te amo!

- E é isso que achas, que vai fazer com que eu volte para ti? – Perguntei para ver até que ponto ele chegava.

- As pessoas quando amam e lutam merecem sempre uma segunda oportunidade.

- O problema é que eu já te dei essa segunda oportunidade e mesmo assim, voltaste a cometer um erro.

- Então, dá-me as oportunidades necessárias até conseguirmos ser felizes.

- Dizes isso, mas se for preciso, amanhã já estás de olho noutro rabo de saia!

- O quê!? Eu não acredito que me acabaste de dizer isso – retirou a sua mão da minha – eu vim aqui para falar contigo, lutar por nós, pelo nosso amor, pela nossa relação, o meu carro avariou no meio de uma autoestrada e mesmo assim, deixei-o lá abandonado com um papel com o meu número, vim a correr que nem um louco pela estrada – sorri – há chuva e com os carros a apitarem, até um polícia reclamou comigo, que estava a cometer uma infração pelo que estava a fazer e mesmo assim, eu fiz isso tudo, a correr quilômetros há chuva, para pedir mais uma oportunidade e para pedir-te – ficou em silêncio e começou a chorar.

- O quê que me querias pedir, para teres posto a tua vida em jogo? – Perguntei.

Assim que questionei tal coisa, o Eduardo levantou-se e foi buscar uma coisa às suas calças. Dei um jeito para tentar me aperceber o que seria, até que o vi a pegar numa caixa e veio em minha direção, parou junto há minha frente e se ajoelhou.

- O quê que estás a fazer Eduardo? – Perguntei confusa.

- Quando eu estive em Tábua, eu fui à igreja onde fui batizado pelo padre que ainda lá está, e fui desabafar com o mesmo. Nessa mesma conversa, eu apercebi-me que não poderia fugir daquilo que Deus me inseriu na vida, eu não podia continuar a fugir ao amor que sentia por ti e à interna saudade. Eu desabafei com mais um senhor o qual tinha perdido a sua mulher e ao falar com ele, percebi que sem ti, a minha vida seria a preto e branco, e percebi-me que só sou feliz ao teu lado, que quero compartilhar o meu dia-a-dia contigo – interrompi.

- O que pretendes com isto Eduardo? – Perguntei.

De seguida, o mesmo abriu aquela pequena caixa e quando o fez, um lindo anel brilhante lá estava.

- Inês, aceitas casar comigo? – Perguntou-me com uma enorme emoção nos seus olhos.

- Está a brincar comigo, não estás? – Perguntei completamente feliz, mesmo ainda fazendo uma cara séria.

- Inês tu, não me vais fazer passar pela humilhação de me rejeitares, pois não? Nós podemos vir a ser tão felizes um ao lado do outro, e nos tornarmos uma família feliz após o nascimento da nossa filha, por favor, aceita o meu pedido de casamento, eu vou mudar, vou ser um bom marido – comecei a morder o meu lábio para não sorrir – por favor, aceita casar comigo.

Como eu não dizia nada, o mesmo começou a olhar para mim, com aquele olhar de cachorrinho abandonado e que iria começar a chorar a qualquer momento.

- Inês, por favor diz alguma coisa.

- Eu aceito – respondi com um sorriso.

- Aceitas? – Um enorme sorriso apareceu nos seus lábios.

- Sim aceito – sorri e ele me inseriu o anel completamente feliz.

O idiota do meu inimigo de infância - 1°Livro | revisão |Onde histórias criam vida. Descubra agora