Eduardo
Sabe tão bem acordar e ver a mulher da minha vida ao meu lado e a dormir como um anjinho. Ainda não acredito que finalmente reconciliámos e que iremos nos tornar uma família daqui a uns meses.
– Bom dia meu amor – disse a Inês enquanto esfregava os seus olhos.
– Bom dia – disse-lhe com um enorme sorriso.
– São que horas para já estares acordado?
– Continua a dormir que ainda é muito cedo – sorri.
– Então se é muito cedo, porque já estás acordo? – Olhou fixamente para mim.
– Não sei, acordei assim do nada e fiquei a olhar para ti – sorriu – parecias um anjinho a dormir.
– Hoje vais à universidade comigo, não vais?
– Não sei Inês, eu tenho bastante receio que o diretor Luís não me aceite e disse que se não soube aproveitar à primeira, não iria ser agora.
– Se quiseres eu vou contigo falar com ele e caso ele comece a dizer tal coisa, eu mesma irei tentar dar-lhe a volta.
– Duvido que consigas dar-lhe a volta.
– Não duvides dos meus dotes – mandou-me a língua de fora.
– Hás de, explicar-me quais são esses teus dotes – virei-me de frente para ela –, é que assim, sei logo quando estás a tentar adquirir alguma coisa.
– Isso fica no segredo dos deuses – dei um riso irónico e começámos a trocar alguns beijos, foi um momento bastante bom para começar o dia, até o maldito despertador tocar – temos de nos levantar – disse-me.
– É verdade – olhei novamente para ela enquanto se levantava – Inês... – olhou para mim – era só para te dizer que te amo.
– Eu também – deu-me um beijo e foi em direção à casa de banho.
Eu não me importaria de passar um dia inteiro assim.
Inês
Soube tão bem acordar e ver o Eduardo há minha beira e a olhar para mim, é como se estas semanas não tivessem existido e que nada se tivesse passado – entrei no duche – ainda não sei ao certo como o diretor Luís irá reagir quando vir o Eduardo na universidade e ver o mesmo a falar com ele, para pedir uma segunda oportunidade. As únicas coisas que provavelmente tenho a favor para que o Eduardo continue a frequentar, é o baile de Inverno e o facto do mesmo ter boas notas. Acho, que seria injusto ele não ter mais uma oportunidade e querer dar tudo o que tem e outros, que andam a passear ou só para dizerem que estão na universidade tem todo o direito de lá continuar. Provavelmente tal comparação que eu mesma fiz, não tem um grande nexo, mas pelo menos eu assim acho.
Saí do duche, enrolei a toalha na minha cabeça e também a do corpo, lavei os dentes e fui até ao meu quarto para vestir. Assim que chego, o Eduardo já não lá estava.
– Eduardo? – Chamei pelo nome dele mais três vezes, até que a porta do meu quarto se abre, era ele.
– Estou aqui, passa-se alguma coisa?
– Não – sorri – é que saí há pouco tempo do duche e quando chego aqui ao quarto, já não aqui estavas.
– Eu estava a preparar o pequeno-almoço, e depois assim que saísses do duche, iria eu.
– Panquecas com chocolate? – Perguntei.
Desde que estou grávida, consigo sentir qualquer cheiro à distância, desde a relva a qualquer coisa que exista no ar.
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O idiota do meu inimigo de infância - 1°Livro | revisão |
Lãng mạnInês tem 19 anos e é de Tabua que fica no conselho de Coimbra. Decidiu vir estudar para Lisboa, numa das melhores faculdades de enfermagem. Por mais que digam-lhe que é uma decisão um pouco arrojada ela não desiste. Eduardo tem 20 anos e é de Tábua...