Capítulo 21

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Inês

Cheguei a casa sem fôlego, parece que tudo o que hoje aconteceu, conseguiu retirar toda a minha energia e o que havia de bom. Após já ter retirado o calçado e a mala, fui até à casa de banho. Precisava de um bom banho para relaxar, recuperar as minhas forças e sobretudo, me acalmar.

Fiquei durante uns trinta minutos ou mais lá dentro enquanto também ouvia um música relaxante que tinha posto no meu telemóvel, eu precisava mesmo de conseguir relaxar. Ouvir os sons da natureza, o vento, a água a pingar, as ondas do mar e o cantarolar dos passados, deixa-me tão liberta e em paz comigo mesma.

...

Saí do banho, passei o meu creme pelo corpo, vesti um lingerie e depois a minha camisa de dormir. Depois, pôs a música que estava a dar na mega-hits o mais alto possível, para além de me agradar bastante a música que passara, era uma forma de me abstrair de tudo o que aconteceu. Inspirada, decidi ir até ao frigorifico e começar a fazer um bolo de chocolate, bastante fofo e cremoso. Como sempre disse, o chocolate cura tudo!

Quando vivia em Tábua (Coimbra) com os meus pais, eu e a minha mãe, todos os sábados fazíamos bolos, por vezes, até chegava a ser dois. Após já ter feito tudo do bolo, o inseri no forno para ganhar a sua forma. Peguei no meu telemóvel para ver as horas e apercebi-me que eram horas de almoçar, mas como a minha cozinha está uma bagunça total e não me apetecia cozinhar mais nada, tive a ideia de encomendar sushi para almoçar.

Vinte minutos passaram após ter feito o meu pedido por chamada e nunca mais vinham trazer cá a casa. Estou cá com uma fome, era capaz de comer qualquer coisa neste momento.

Truz, truz, truz – o meu sushi chegou! – Pensei para mim mesma e fui a correr de imediato para a porta e a abri.

- Boa tarde, aqui está o seu pedido – disse o senhor.

- Muito obrigada – peguei no sushi que vinha numa caixa – quanto é que é?

- São 6,90€.

- Está bem, eu vou só buscar a carteira que está aqui no sofá.

- Está bem, mas não demore porque eu ainda tenho mais entregas para fazer! – Disse-me e eu apareci com a carteira.

Retirei o dinheiro.

- Aqui estão os 6,90€.

- Obrigado, tenha uma excelente refeição – disse-me.

- Obrigada até à próxima – disse ironicamente.

Quando abri a porta o homem parecia bastante atencioso e simpático, mas pelos vistos estava enganada.

O bolo já estava pronto, tirei-o do forno e o pôs no prato, de seguida, sentei-me no sofá já com a aparelhagem desligada, e comecei a assistir à televisão enquanto comia o meu sushi.

Acho, que era pessoa de comer sushi todos os dias. Está a passar na tvi a novela Fascínios, o quanto eu detesto. São novelas que é sempre, sexo, vingança e preconceito. O meu tipo de novelas já não existe, que são aquelas, que demonstram que devemos lutar pelos nossos objetivos, histórias de amor sobretudo, aquelas que nos passam lições e como pudemos ultrapassar um trauma ou uma doença com uma visão positiva e não negativa como sempre temos tendência a reagir.

Já comi o sushi e agora irei arrumar a cozinha. Apaguei a televisão da sala e fui para a cozinha arrumar e limpar. Quando acabei, retomei à televisão. Vai agora começar a dar a novela "Feitiço de Amor", assim, sim! Estava novela já está a passar na televisão pela segunda vez, mas eu adoro tanto a história em si, os cavalos, romance, tratamentos, ajudas para crianças, pessoas mais necessitadas. Para mim, esta novela deveria ter ganho um globo. De repente, comecei a sentir um friozinho na pele e acabei por ir buscar um cobertor ao meu quarto, e me tapei com o mesmo no sofá.

O telemóvel começou a tocar e fui ver quem era. Era a minha mãe.

- Olá mãe! – Disse com uma voz de sono.

- Ola querida, posso saber o motivo de estares a faltar às aulas? – Revirei os olhos.

- Ai mãe, eu não quero falar disso.

- Pois, foste ontem sair à noite e agora estás de ressaca.

- Não! – Suspirei – eu fui às aulas, só que entretanto ouve porcaria e acabei por vir para casa.

- Mas que porcaria filha? – Perguntou – O que está a acontecer? É preciso eu voltar para Lisboa? – Revirei os olhos.

- Não mãe! Não deixes de fazer a tua vida por minha causa, eu estou bem e já passou. Foi apenas uma discussão entre mim e a tal vaca que diz que está grávida do Eduardo.

- Filha afasta-te dessa gente! Eles só vão estragar a tua vida.

- Eu sei disso – suspirei – o pior de tudo, é que ela, expos há minha turma quem eu era e ficou tudo a olhar para mim, tanto que esse foi o meu maior motivo para regressar a casa.

- Sendo assim é normal, mas já almoçaste?

- Sim mãe agora estava a tentar dormir.

- Vai lá querida, logo eu ligo-te.

- Está bem mãe, até logo, beijinhos – desliguei.

Adormeci e acabei por acordar às 22h com fome. Apaguei a televisão, fui à cozinha comer um iogurte, uma maçã e depois fui para a minha cama. Estava totalmente pedrada de sono.

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O idiota do meu inimigo de infância - 1°Livro | revisão |Onde histórias criam vida. Descubra agora