Inês
Já está quase na hora que eu e a Cláudia combinamos, e a mesma ainda não apareceu. Só espero que ela não esteja a tramar alguma coisa como na outra vez. Da última vez que saímos, inventou que estava chateada com o Bruno, e na verdade não passou de um esquema para verem se eu e o idiota do Eduardo começávamos a dar-nos melhor.
Vou beber uma limonada e apreciar um pouco da vista que tenho através da janela da sala enquanto a Cláudia não chega.
Truz, truz, truz – parece que a minha companhia chegou.
Saí de perto da janela e fui abrir a porta à mesma.
- Cláudia! – Agarrei na mão dela assim que vi, que estava a chorar – o que se passa?
- Inês abraça-me! Eu preciso de ti – disse enquanto chorava.
- Mas o quê que se passa Cláudia? Estás a deixar-me preocupada. – Disse e entrámos dentro do meu apartamento.
- O Bruno terminou o nosso relacionamento, disse que não conseguia mais disfarçar que já não me amava como antes, que não consegue mais continuar comigo – pôs a mão na face – logo agora...
- Logo agora o quê? Senta-te e desabafava – disse e nos sentámos.
- Eu acho, que estou grávida dele, depois os meus pais estão a pensar em divorciarem-se. A minha vida está de virada do avesso. Nem os meus unicórnios conseguem-me salvar disto!
Fiquei em choque quando ela me contou que poderia estar grávida do Bruno, mas uma coisa é certa, caso esteja eu a irei apoiar no que poder.
- Tens mesmo a certeza que podes estar grávida? – Torci a boca – quanto aos teus pais, não passam de fases, os meus uma vez pensaram em divorciarem-se, mas com o tempo isso passou e ficou tudo bem, vais ver que o mesmo acontece com os teus pais.
- Quanto a estar grávida, não tenho a certeza mas o meu período está atrasado.
- Olha, vamos as duas sair como combinado, vamos nos divertir, depois podes passar cá a noite e amanhã a gente analisa a situação.
- Inês, podes-me fazer um favor? – Perguntou.
- Claro.
- Podes ir à farmácia comprar um teste de gravidez só para eu ter a certeza? Há aqui na rua uma que está aberta durante 24h e depois íamos sair.
- Claro, pelo menos, ficas mais descansada – sorri – mas tenho um pressentimento que vai dar negativo, mas caso dê positivo, quero que saibas, que poderás contar comigo.
- Obrigada pelo apoio Inês.
Fui a correr até à farmácia após as coordenadas que a Cláudia me deu, mal lá cheguei, comprei um teste de gravidez e claro tive que pedir a assistência a uma farmacêutica. Se bem, que é horrível ir comprar este género de testes, porque depois as pessoas ficam a olhar para nós como se tivéssemos cometido um crime e que deveríamos ser julgados. Independentemente seja para nós ou não.
Fui a correr de volta para o apartamento, entreguei o teste de gravidez à Cláudia e expliquei tudo direitinho como a farmacêutica me explicou e de seguida foi fazê-lo na casa de banho. Enquanto ela fazia, ia bebendo um copo da garrafa de vinho que foi aberta ao almoço.
- Inês e agora? – Gritou – Isto não está a dar sinal. – Fui ter com ela até à casa de banho.
- Tens agora de esperar acerca de três minutos para que isso analise e dê o resultado. Tens de ter calma. – Disse enquanto passava a mão no ombro dela.
- Já está! Está a calcular – disse – ai, estou com tanto medo.
- Cláudia, tens de ter calma, vais ver que vai dar negativo e que tudo não passou de um susto.
- Já apitou! Vê tu primeiro, eu não consigo olhar – disse-me.
Peguei no coisinho do teste de gravidez e vi "mulher não grávida". Fiquei tão feliz por ela, e comecei a olhar para ela, para assistir ao seu nervosismo e depois dizer que deu negativo.
- Ai Inês, pára de olhar assim para mim, eu não acredito – olhou para mim – eu estou grávida – começou a roer as unhas – eu vou ser mãe, não pode ser, eu não posso estar os meus unicórnios me falharam – não aguentei e comecei a rir-me das coisas que ela estava a dizer.
- Deixa de estar assim, não estás gravida. – Disse e mostrei-lhe o resultado.
- Ai não acredito, eu não estou grávida – começou a dançar – eu não estou grávida.
- Bem acho, que agora já pudemos ir nos divertir e claro, temos que comemorar isto.
- Vamos! – Disse-me com uma enorme felicidade.
Pegámos nas nossas malas, apaguei as luzes, tranquei a porta e fomos para o meu carro, para depois irmos para o bar que fomos na outra vez em Santos.
Passado alguns minutos chegámos
- Este Dj é demais. – Disse a Cláudia.
- Cláudia, vamos dançar para junto do Dj e sentirmos mais o som, e claro, parece ser giro. – Disse-lhe com uma caipirinha na mão.
- Vamos! – Disse-me com uma enorme felicidade.
A verdade é que maior parte dos bares em Tábua só têm karaoke e normalmente, acaba por estragar, porque uma pessoa cansa-se e pior quando a pessoa não canta nada de jeito mas acha que canta, agora aqui em Lisboa não é assim, é só discotecas, bares com Dj e afins. É como se tivesse noutro mundo. A diversão era tanta, que durante algum tempo acabei por esquecer o Eduardo e a Cláudia o Bruno. Como eu sempre disse, as amigas ajudam-nos a curar as desilusões amorosas.
- Ei Inês, está ali um giraço a olhar para ti. – Disse-me a Cláudia.
- Quero lá saber, quero é curtir a noite.
- Assim é que se fala.
Continuámos a dançar e a nos divertir até que quando olhei para o relógio apercebi-me que já passava das duas da manhã, aliás, já eram praticamente três da manhã. Estou feita amanhã.
- Cláudia, temos que ir embora, já está na hora. – Disse.
- Já? Está a ser demais.
- Depois a gente volta um dia destes, agora temos é de ir se não, amanhã não acordamos.
- Está bem fofa, vamos.
Assim que o disse, apercebi-me que já poderia estar um pouco sobre o efeito de álcool, mas o que interessa é que ela está comigo, vai dormir lá em casa e nada de mal irá acontecer. Peguei na sua mão e fomos em direção ao meu carro, depois entrámos e fomos em direção ao meu apartamento.
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O idiota do meu inimigo de infância - 1°Livro | revisão |
RomanceInês tem 19 anos e é de Tabua que fica no conselho de Coimbra. Decidiu vir estudar para Lisboa, numa das melhores faculdades de enfermagem. Por mais que digam-lhe que é uma decisão um pouco arrojada ela não desiste. Eduardo tem 20 anos e é de Tábua...