Passado cinco dias
Inês
- Bom dia meu amor – disse o Eduardo me dava alguns beijos deste a bochecha até ao pescoço.
- Bom dia – disse meio ensonada – são que horas? – Perguntei enquanto bocejava.
- São quase nove da manhã – abraçou-me e olhou para os meus olhos – eu gostaria de ficar a manhã inteira ao teu lado, mas temos de nos levantar e ir para a universidade.
- Ah? – Perguntei intrigada – mas...mas hoje é sábado!
- Bolas! Apanhaste-me! – Comecei a rir-me – queria pregar-te um susto e, também para ver se infelizmente retirava-te da cama.
- Porquê? – Perguntei intrigada – é sábado e são nove da manhã, correção, quase nove da manhã!
- Na verdade...é meio-dia e meia meu amor – torceu a boca – e a Cláudia já me ligou se estavas aqui.
- Essa miúda não tem emenda nenhuma – sorrimos – não dorme, nem deixa os outros dormirem.
- A Cláudia para além de gostar bastante de nós, é uma grande amiga nossa e só quer que nós sejamos felizes – sorri – ah, ela disse que hoje íamos os três almoçar mais uma pessoa.
- Mais uma pessoa? – Perguntei e o Eduardo acenou um sim com a cabeça e um sorriso – não me digas que ela e o Bruno fizeram as pazes.
- Bem, se ele realmente não a traiu e se gostam mesmo um do outro, penso que faz todo o sentido – torci a boca – não somos só nós os dois que merecemos oportunidades – sorri – agora tens de ir para o teu apartamento te despachar, tal como eu irei fazer o mesmo, depois nos reencontramos.
-Sim, mas...
- Mas...?
- Eu não quero sair daqui, estamos aqui tão bem, quentinhos e agarrados um ao outro, sem ninguém para nos chatear.
- Eu sei disso meu amor – beijou-me durante algum tempo e parou – mas sabes que temos compromissos.
- Sim.
- São só vinte ou trinta minutos sem estarmos juntos, irá passar rápido.
- Está bem menino Eduardo Alexandre – sorriu – até já.
Levantei-me da cama dele enquanto lhe jogava a minha língua de fora, vesti o que tinha ontem trazido no meu corpo e depois voltei para o meu apartamento. Mais uma vez, a Cláudia irá encher-me de diversas perguntas como por exemplo "vocês já tiveram relações", "vocês ainda não tiveram relações?", "o Eduardo é gostoso ou nem por isso?" coisas desse género.
Como eu sei que a Cláudia iria ficar a festejar caso eu confirma-se que sim, que esta semana já perdi a conta das vezes que fizemos após ter perdido a virgindade, ela iria começar a fazer diversas perguntas, como é que foi, como é que não sei o quê. Eu já a conheço, tal como o Eduardo, por isso mesmo é que ainda não lhe contámos.
- Qualquer dia mudas-te para casa do Eduardo – disse-me com os braços cruzados enquanto entrava dentro do meu apartamento.
- Ai sim, então porquê? – Perguntei enquanto descalçava os ténis.
- Desde que vocês tiveram segunda-feira juntos, "a falar" como tu dizes, coisa que eu não me acredito muito, começaste a passar lá as noites inteiras. E, se bem eu conheço o Eduardo, não estou a ver vocês estarem lá os dois, sozinhos, bem aconchegadinhos sem terem um acto sexual!
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O idiota do meu inimigo de infância - 1°Livro | revisão |
RomanceInês tem 19 anos e é de Tabua que fica no conselho de Coimbra. Decidiu vir estudar para Lisboa, numa das melhores faculdades de enfermagem. Por mais que digam-lhe que é uma decisão um pouco arrojada ela não desiste. Eduardo tem 20 anos e é de Tábua...