Capítulo 61

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Inês
Deitamo-nos novamente na minha cama e fomos trocando alguns sorrisos. Hoje, aprendi três lições na minha vida.
A primeira, eu estava completamente apaixonada pelo Eduardo.
A segunda, o que sinto por ele é incontrolável.
A terceira, estávamos mesmo destinados.

- Eduardo eu preciso de falar contigo uma coisa importante.

- Diz.

- Quero que voltes para a universidade – fixei o meu olhar no dele – tu ainda vais a tempo, a gente estuda os dois a matéria que faltas-te, cumpres a homenagem à tua irmã e me ajudas com os preparativos para o baile de Inverno.

- Baile de Inverno?

Como o Eduardo nunca mais foi à universidade e não falámos, ele não sabia de nada, então optei por contar-lhe e ainda tenho de pedir mais ajudas. Os professores deveriam ter falado com maior antecedência possível, porque agora é tudo em cima da hora, por isso, irei mesmo precisar de uma boa quantidade de pessoas.

- Acho uma excelente ideia – sorriu – amanhã caso já não haja a tempestade e possamos ir à universidade, eu irei e vou falar com o diretor para me dar uma oportunidade de continuar a frequentar e depois irei oferecer para te ajudar.

- Ainda bem – dei-lhe um beijo e ele começou a mexer na minha barriga.

- Quando é que é a próxima consulta?

- Aos dois meses, já falta pouco – sorri – queres ir ver o quarto da bebé?

- Já está montado? – Perguntou.

- Sim, falta ainda é pintar, colar uns autocolantes e arrumar a roupinha.

- Vamos – disse com um enorme sorriso.

Vesti o meu robe e o levei até ao quarto da nossa bebé. Ao entrar, vi um enorme sorriso na sua face.

- Está tão lindo – disse – espero que possa ajudar no que falta – sorri.

- Claro que podes – beijei-o.

- Eu quero estar presente na tua vida e na gravidez – disse-me.

- Vais estar.

- Vamos fazer o almoço?

- Sim – respondi com um enorme sorriso.

Há medida que íamos andando, em direção à cozinha, ficámos sem luz devido a um trovão enorme.

- Eu vou arranjar uma solução – disse o Eduardo – tens velas?

- Sim.

Após ter ido buscar as velas, acendemos e pusemos na cozinha. O Eduardo pegou numa caixa de salsichas, começou a fritar, aqueceu o pão sobre o vapor das mesmas e fez dois cachorros para cada um, mas claro, o meu foi o mais recheado com tudo porque o Eduardo quer que me alimente bem.
Após termos almoçado, tentei lavar as cozinhas o melhor possível, a claridade das velas não era assim tão visível como parecia.
Começámos a entrar numa de disputa quem era o melhor e afins como o costume. Depois, começámos a querer nos vingar um do outro, resumindo…era só farinha por todo o lado.

- Estás lindíssima Inês – disse-me enquanto se ria.

- Não perdes pela demora, vais ver o que te acontece.

Abri o frigorífico e joguei dois ovos contra ele, um foi na cara outro foi nos dentes visto que ele estava a falar. Começámos a andar de um lado para o outro a sujar-nos cada vez mais, até que, acabamos por escorregar no chão e cair.

- Estás bem Inês? – Perguntou completamente preocupado.

- Estou – sorri.

Levantou-se e deitou-se em cima de mim, começou a beijar-me e ainda a sujar-me cada vez mais. Aquele chão e os nossos corpos não eram só farinha…era uma pasta com ovos e açúcar.

- Poderíamos formar um bom bolo – disse enquanto me ria.

- Tu serias de chocolate – disse o Eduardo.

- Porquê?

- És doce e irresistível.

Continuámos nas nossas palhaçadas como antigamente.

- Acho que é melhor irmos tomar um duche, se o meu pai chega e nos vê neste estado, ainda tem um ataque cardíaco.

- Vamos – disse o Eduardo.

Pegou-me as cavalitas e me levou para o duche.

O idiota do meu inimigo de infância - 1°Livro | revisão |Onde histórias criam vida. Descubra agora