Capítulo XXIX: O mágico pôr do sol

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Aslan estava encantado por ver pessoalmente aquela tão famosa biblioteca, ele reconhecia todos os mínimos detalhes por fotos que já tinha visto.

A biblioteca é enorme, ela é inteiramente branca com alguns cartazes de promoções de livros pregados na parede ao lado das inúmeras pilastras. Na entrada, tem uma estátua de pedra de um leopardo, que é uma referência do animal favorito do deus que protege a cidade.

Mayfield e Fyther se olharam e foram caminhando lentamente para dentro da biblioteca. Aslan estava pensativo, mas foi interrompido quando ficou observando as várias mesas de madeira espalhadas pelo local.

Ele sentiu uma estranha sensação de familiaridade, como se já tivesse vivido aquele momento com uma outra pessoas. Aquilo parecia inacreditável e esquisito, o feiticeiro resolveu apenas ignorar esse déjà-vu e aproveitar para conhecer todos os detalhes possíveis da biblioteca.

Logo na entrada, tem um enorme tapete vermelho e nas duas extremidades livres, localizavam as inúmeras mesas e cadeiras. A maioria delas estavam ocupadas por adultos.

As paredes também são brancas e, em pontos estratégicos, ficavam as janelas de vidros. As enormes e várias estantes de livros ficavam nas paredes. A biblioteca é iluminada por lustres grandes.

Até o teto é decorado, boa parte dele é coberto por uma espécie de moldura e no centro uma pintura de céu magnífica.

- Vem, Mayfield! - Lynn acenava em um lugar escondido para o amigo segui-la.

Lynn e Aslan são muito entrosados, mesmo não sendo porque querem, percebendo com facilidade quando um está aéreo.

Aslan foi andando sem fazer barulho até a amiga. Dava para notar a contagiante vontade de explorar a biblioteca por parte de Lynn, a adolescente não queria perder tempo.

Eles olharam vários livros de diferentes capas e histórias, foi uma tarefa dificílima, mas no final cada um escolheu apenas uma obra para lerem enquanto estavam lá.

Lynn escolheu um livro da origem do skate e as melhores técnicas de manobras radicais, já Aslan optou por algo mais filosófico, mais especificamente como surgiu a filosofia no mundo mágico.

Para a surpresa deles, quando voltaram para a parte do lugar que ficam as mesas, tinha uma livre perto do lugar que estavam. Os adolescentes correram, sem que a bibliotecaria percebesse, e foram se sentar para ler.

Entre um capítulo e outro, Mayfield e Fyther conversavam sobre os livros que estavam lendo. Infelizmente, esse momento mais reservado não durou muito tempo.

Como previsto por Lynn, a biblioteca estava começando a lotar. O barulho, antes quase inexistente, agora estava mais presente do que nunca.

Os adolescentes se levantaram da mesa que estavam e, com dificuldade de se locomover, foram guardaram os livros nas estantes que encontraram-os.

Eles tentaram despistar o maior número de pessoas até a saída, mas era um desafio difícil. Os dois acabaram de perdendo um do outro e só se encontraram na frente da porta.

Assim que pisou fora da biblioteca, a estranha sensação, que parecia ter desaparecido, voltou. O adolescente já estava impaciente com isso, não sabia porque aquilo estava acontecendo justamente com ele.

- Lynn, você também sentiu essa sensação de déjà-vu quando saímos da biblioteca?

- Não, por quê? Eu deveria?

- Não.. Quer dizer, não sei. Estou sentindo essa sensação desde de que a gente entrou na biblioteca, mas tinha sumido e agora, quando saímos, voltou.

Meu Último AmanhecerOnde histórias criam vida. Descubra agora