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NO jogo de Quadribol dementadores tinham ido até o campo e cercaram Harry, ele acabou caindo da vassoura que estraçalhou e ido para a Ala Hospitalar, seu time perdeu a partida de Quadribol para a Lufa-lufa quando Diggory pegou o pomo de ouro. Madame Pomfrey insistiu em manter Harry na ala hospitalar pelo resto do fim de semana.

O Prof. Lupin voltara ao trabalho. Sem dúvida tinha a aparência de quem estivera doente. Suas vestes velhas estavam mais frouxas e havia olheiras escuras sob seus olhos; ainda assim, ele sorriu para os garotos que ocupavam seus lugares na classe e, em seguida, desataram a se queixar do comportamento de Snape na ausência de Lupin. Eu já tinha feito a tarefa e entendera porque Snape a passara, por isso depois da aula daquele dia eu fiquei na sala de DCAT, deixando Remus confuso.

- Ella, precisa de algo?

Olho ao redor, então fecho a porta atrás de mim e me aproximo da mesa onde Lupin estava sentado.

- Eu preciso perguntar algo ao senhor, algo sério.

- Está relacionado a seus pais?

- Sobre o senhor, na verdade. - confesso - Veja bem, Snape, quando deu aula em seu lugar, nos passou uma tarefa. Uma pesquisa sobre lobisomens.

O rosto de Remus Lupin empalideceu, ele respirou fundo e fechou o livro que estava em sua mão.

- Eu ainda era garotinho quando levei a mordida. - ele conta - Meus pais tentaram tudo, mas naquela época não havia cura. A poção que o professor Snape tem preparado para mim é um descoberta muito recente. Me deixa seguro, entende. Desde que eu a tome uma semana antes da lua cheia, posso conservar as faculdades mentais quando me transformo... e posso me enroscar na minha sala, um lobo inofensivo, à espera da mudança de lua. Porém, antes da Poção de Mata-cão ser descoberta, eu me transformava em um perfeito monstro uma vez por mês. Parecia impossível que eu pudesse frequentar Hogwarts. Outros pais não iriam querer expor os filhos a mim.

Afirmo, entendendo a história que ele contava.

- "Mata-cão" é um nome meio preconceituoso não acha?

Remus sorri de lado.

- É com isso que está preocupada?

Dou de ombros.

- Bom, é meio injusto. - dou a volta na mesa, ficando frente a frente com o homem - Olha, você é meu padrinho, e minha família. Nada vai mudar isso.

O mais velho sorri aliviado, me puxando para um abraço que me deixa desconcertada. Os braços dele estão nas minhas costas me abraçando forte e eu sinto meu corpo inteiro quente e quero me afastar.
Não é que eu não gostasse do abraço de Remus, mas eu não recebia um abraço há anos. A sensação era esquisita.

Por fim Remus me solta e tudo está gélido de novo, como deveria ser.

- É melhor você ir agora, não quero te prender aqui.

Afirmo, ciente de que ele precisava de um tempo para processar tudo isso, e saio de sua sala.

* * *

ERA fim de semana e com ele vinham os passeios para Hogsmeade. Naquele sábado, eu estava voltando para a escola sozinha (porque as meninas quiseram ficar para comprar mais doces) quando passando pela Casa dos Gritos vejo pegadas no chão que levavam até a uma pedra. Curiosa, eu me aproximo da pedra e encosto nela, mas minha mão não toca a pedra e sim algo macio e invisível, então eu puxo.
Uma capa de invisibilidade aparece na minha mão e revela Harry Potter, me fazendo arregalar os olhos.

FRIENDS [Harry J. Potter]Onde histórias criam vida. Descubra agora