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REMUS está me olhando ao que parecia ser meia hora, e eu o ignorava já tinha uns dois dias. Ele parecia querer falar comigo mas eu não lhe dava abertura.
Termino de jantar e lavo a louça que usei.

- Vou sair. - aviso.

Remus se levanta na hora.

- Aonde você vai?

Finjo pensar.

- Eu vou cuidar de umas coisas.

- Ella, você não pode simplesmente sair.

- Lógico que posso, estou fazendo isso agora.

Remus respira fundo.

- Ella eu sou seu responsável e--

- Você não é meu único responsável mais. - interrompo, olhando para Tonks - Dora também é, aposto que ela me deixa sair.

Remus hesita. A mesa de café fica em silêncio.

Me viro para Tonks.

- Não é, Dorinha? Você podia ir comigo e a gente trançaria o cabelo uma da outra e correríamos até o pôr do sol.

Tonks desvia o olhar envergonhada.

- Elladora, já chega. - repreende Remus - Se você tem algo pra me dizer, fala, não fica provocando outras pessoas.

- Ah, eu tenho algo a te dizer, tenho muita coisa a te dizer, acho que é você que não fala comigo.

- Podemos ter essa discussão em outro lugar?

- Não, porque já estou de saída.

Pego minha varinha e saio da cozinha, Remus me segue para a sala onde tinha mais gente.

- Eu ia te contar, Ella.

A frase me irrita e eu me viro pra ele.

- Quando? Quando tivessem seu primeiro filho?! - exclamei com raiva - Você era a única pessoa que eu ainda tinha da minha família, Remus. Meu pai está morto, minha mãe nem sabe que eu existo, e você apronta essa? Até o Natal do ano passado você estava devastado por causa do meu pai e agora você casou com a prima dele que é cinquenta anos mais nova que você?! Não venha fingir que se preocupa comigo porque é mentira!

Remus também está ficando bravo agora.

- Eu já sou um homem crescido, Ella, você não pode me impedir de me relacionar com outras pessoas com quem me importo e que gosto.

Dou de ombros.

- Okay.

Aparato antes que Remus pudesse discutir mais comigo e de repente estou dentro da casa dos Black. Monstro estava ali limpando e se assusta um pouco com minha presença.

- Seja bem-vinda, minha senhora. - ele se curva.

- Vamos dar uma olhada no quarto de Sirius. - digo.

Monstro afirma.

Nós dois seguimos para o quarto de meu pai, lá dentro estava tudo bagunçado e eu demoraria algumas horas para dar uma geral.

- Monstro, me traz uma garrafinha de alguma bebida forte. - peço - Se vou fazer isso não vou fazer sóbria.

Monstro desaparece no ar.

Dentro do armário de Sirius existem várias roupas pretas, tiro a jaqueta de couro preta que sempre via nele nas fotos dele mais jovem e coloco no corpo. Para minha surpresa, sinto um papel no bolso.

FRIENDS [Harry J. Potter]Onde histórias criam vida. Descubra agora