56

1.1K 91 8
                                    

56

O chalé de Bill e Fleur erguia-se isolado em um rochedo de onde se descortinava o mar, as paredes casadas neusadas de conchas.
Era um lugar bem solitário, mas tão belo.

O trio de ouro ainda estavam planejando o que iriam fazer, então eu precisava ficar com Fleur e Bill maior pare do tempo pois não podia saber o plano completo deles caso fosse sequestrada. Antes de Harry começar sua caça, tivemos uma conversa sobre isso, ambos concordamos que por mais que queríamos que eu fosse, eu não podia, pois eu entregaria facilmente qualquer informação para manter Harry a salvo e ele se preocuparia demais comigo para manter a cabeça focada.

Estávamos na cozinha quando o trio apareceu. Os outros habitantes do Chalé das Conchas não poderiam deixar de notar que alguma coisa estava acontecendo, agora que Harry, Rony e Hermione só apareciam à hora das refeições. Ninguém fazia perguntas.

Harry estava na cozinha com Fleur preparando algumas coisas para o jantar quando Luna e Dean entraram, os cabelos molhados de chuva e os braços carregados de gravetos recolhidos na praia.

- ... e orelhinhas minúsculas - Luna ia dizendo - parecidas com as de um hipopótamo, diz o meu pai, só que roxas e peludas. E se a gente quer chamá-las, precisa cantarolar de boca fechada; elas preferem valsas, nada muito rápido...

Dean sorria de leve, um tanto encantado, e seguiu Luna. Harry apareceu com duas jarras de suco de abóbora em mão e apareceu na sala também.

- ... e se algum dia você for lá em casa, poderei lhe mostrar o chifre. Papai me escreveu contando, mas ainda não o vi porque os Comensais da Morte me arrancaram do Expresso de Hogwarts e não cheguei a passar o Natal em casa - dizia Luna, enquanto ela e Dean rearrumavam a lenha na lareira.

- Luna, nós já lhe dissemos - interpôs Hermione. - Aquele chifre explodiu. Era de erumpente, não um Bufador de Chifre Enrugado...

- Não, positivamente era um chifre de Bufador - respondeu Luna, com serenidade. - Papai me disse. É provável que a essa altura já tenha voltado a se formar, eles se restauram sozinhos, sabe.

Hermione balançou a cabeça e continuou a arrumar os talheres no momento em que Bill descia a escada com o sr. Olivaras. O fabricante de varinhas ainda parecia excepcionalmente frágil, e apoiava-se no braço de Bill, que lhe dava suporte e carregava uma grande mala.

- Vou sentir saudades, sr. Olivaras - disse Luna, aproximando-se do velho.

- E eu de você, minha querida - disse-lhe, com uma palmadinha no ombro. - Você foi um consolo indizível para mim naquele lugar medonho.

- Entam, au revoir, sr. Olivarras - disse Fleur, beijando-o nas faces. - E serrá que o senhorr poderria me fazerr o favorr de entregarr esse embrulho à tia de Bill, Murriel? Nunca lhe devolvi a tiarra.

- Será uma honra - disse Olivaras, com uma pequena reverência -, é o mínimo que posso fazer para retribuir sua generosa hospitalidade.

Fleur apanhou um estojo de veludo puído, que abriu para mostrar ao fabricante de varinhas. A tiara brilhava e cintilava à luz do candeeiro suspenso.

- Pedras da lua e diamante - disse Grampo, que entrara na sala sem que ninguém percebesse. - Acho que feito por duendes, não?

- E pago por bruxos - disse Bill calmamente, e o duende lhe lançou um olhar ao mesmo tempo furtivo e desafiador.

- Sinto muito por não tê-lo ajudado antes, sr. Olivaras. - digo a ele.

- Oh, não se preocupe. - ele sorria - Seus biscoitos misturados com poção de fortalecimento foram muito úteis.

FRIENDS [Harry J. Potter]Onde histórias criam vida. Descubra agora