FRIENDS [Harry J. Potter]

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FINALMENTE o ano estava acabando.
Tínhamos feito nossas últimas provas na última semana e agora só tínhamos aula para esperar pelos resultados.
Eu estava deitada no colo de Theo no salão comunal, lendo uma revista de moda bruxa, quando me lembro que Harry tinha comentado que hoje seria a execução do hipogrifo de Hagrid. Por um momento penso em nem me importar com isso, mas então me lembro que o garoto provavelmente ficaria chateado e eu me sinto um pouco mal, me levantando.

- Onde vai? - pergunta Draco desconfiado.

- Ver um amigo. - digo.

- Você vai ver Potter? De novo? - Draco me olha feio - Fiquei sabendo que você foi vê-lo depois do jogo de quadribol.

Aquilo atrai atenção dos meus outros amigos.

- Espera, é por isso que você estava saltitando de alegria quando ele pegou o pomo? - perguntou Daphne magoada.

- Não me diga que está trocando de casa, Ella. - provoca Pansy - Acho que você vai se dar muito bem na Grifinória.

- Já chega. - mando - Todos vocês. Eu não posso ter amigos em outras casas?

- E desde quando vocês são amigos? - pergunta Zabini - Olha, só porque Sirius Black está atrás de vocês dois isso não quer dizer que vocês são ligados ou algo assim.

Respiro fundo.
Eles continuam falando na minha cabeça sobre eu ser amiga de Potter e preciso olhar para Theo. Ele estava quieto, apenas me olhava, até ele dar de ombros e eu decido que não tenho que dar satisfação para nenhum deles.

Antes que eu surtasse com eles, saio andando da comunal e ignoro os chamados. Ando por Hogwarts, procurando por Harry ou um dos seus amigos, até que saio do castelo e vejo-o com Hermione Granger perto da árvore do Salgueiro Lutador.

- Ei! - eu o chamo, me aproximando - 'Tá tudo bem?

- Lembra do sinistro? - pergunta Harry - Aquele que vimos aquele dia na Casa dos Gritos.

- Sim.

- Ele pegou Rony.

Arregalo os olhos.

- O que?

- Precisamos encontrar ajuda. - disse Hermione.

- Precisamos ir atrás deles. - retruca Harry - Aquele bicho vai devorar Rony.

Bichento, o gato de Hermione, disparou adiante dos garotos. Deslizou por entre os galhos agressores como uma cobra e colocou as patas dianteiras sobre um nó que havia no tronco.
Abruptamente, como se a árvore tivesse se transformado em pedra, ela parou de se movimentar. Sequer uma folha virava ou sacudia.

- Bichento! - sussurrou Hermione insegura.

Ela agora apertava o braço de Harry com tanta força que provocava dor.

- Como é que ele sabia...?

- Ele é amigo daquele cão - respondeu Harry, sombriamente. - Já os vi juntos.

O garoto se virou para mim, estendendo a mão em minha direção.

- Você vem com a gente?

Estou um pouco atordoada com a situação toda, mas afirmo, pegando a mão dele.

- Vamos... e mantenham a varinha na mão...

Nós vencemos  a distância até o tronco em segundos, mas antes que pudéssemos alcançar o buraco nas raízes, Bichento deslizara para dentro com um aceno do seu rabo de escovinha. Harry entrou em seguida; avançou arrastando-se, a cabeça à frente, e escorregou por uma descida de terra até o leito de um túnel muito baixo.
Bichento ia mais adiante, os olhos faiscando à luz da varinha de Harry. Segundos depois, Hermione escorregou para junto do garoto e eu logo atrás.