FRIENDS [Harry J. Potter]

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PELA escola o que mais rolava era fofoca sobre Harry. Na Sonserina as coisas não estavam melhores, a maioria achava que Harry estava mentindo sobre Voldemort e eu não podia culpa-los porque não tínhamos provas. Se não fosse Harry que tivesse me falado que viu Voldemort, eu não sabia se eu acreditaria também.

Além disso, Fred e George Weasley estavam dedicados aos seus negócios ilegais, como o kit mata-aula e as fantasias debilitantes, e eles usavam alunos mais novos como cobaias. Como eles não eram da minha casa eu não tinha que me incomodar muito com isso.

Hermione conseguira resumir bem tudo sobre o mundo bruxo para Lily Wilson e agora a garota parecia mais calma. Ela andava muito sozinha e eu me sentia mal por ela, então deixava ela ficar com a gente às vezes, mesmo que meus amigos não gostassem muito da ideia.

Eu estava na comunal quando uma coruja entrou pela janela e deixou uma carta no meu colo. Eu a abro e vejo que era de Remus e Snuffles.

"Oi, amor.
Seguinte, vamos separar essa carta em duas para você saber com quem está falando.
Remus: Espero que sua primeira semana tenha sido boa, querida. Fiquei sabendo da nova professora, Umbridge, e ela parece ser horrível, então tente não perder a paciência com ela porque é isso que ela quer. Seu pai, como sempre, está sendo bem descuidado em relação a se esconder, então se você conseguir enfiar senso na cabeça dele eu agradeceria. Se cuide querida, eu te amo.
Sirius: Eu não estou sendo descuidado em relação a me esconder, só pra deixar claro. Essa tal de Umbridge, pelo que Harry falou, é tão agradável quanto sua avó, então fale com jeitinho com ela e ganhará sua confiança. Tenho um pedido apenas: se cuide e cuide de Harry. Não diga a ele que falei isso, mas você é menos impulsiva que ele, e por algum motivo que eu não vou falar pra você não me xingar, ele parece te escutar, então se vire. Estou com saudade, já pensou em largar Hogwarts e vir ficar comigo? Com amor, Snuffles.
P.S.(Remus): Não largue a escola."

Sorrio para a carta e de repente me sinto extremamente responsável por Harry, e preocupada.
Guardo a carta no meu bolso e me levanto.

- Já volto. - aviso a Zabini, que era o único na comunal.

- Não volte tarde. - ele manda, sem tirar os olhos da lição que fazia de Snape.

Saio da comunal e ando pelos corredores de Hogwarts, me perguntando onde eu encontraria Harry Potter, quando eu escuto risadinhas vindo de um dos corredores e franzo o cenho, dobrando a esquina. Vejo Cho Chang rindo e empurrando de leve o braço de Harry, como se estivesse... flertando com ele?

- É melhor eu ir, Harry. - ela diz - Te vejo depois?

- É, claro. - Harry dá um sorrisinho pra ela.

Balanço a cabeça em choque.
E eu aqui preocupada com ele. Idiota.

Me viro para ir embora e começo a andar pra longe.

- El? - escuto Harry indagar e finjo que não - Ella!

Sou obrigada a parar e me virar pra ele.

- Oh, Harry! - finjo surpresa - Não te vi aí. Aquela era Chang?

Harry dá uma corrida até mim.

- Era. 'Tá tudo bem? Aconteceu alguma coisa?

- Não, claro que não. - balanço a cabeça - Recebi uma carta de Sirius e Remus.

- É, ele me ligou. - comenta Harry - O rosto dele apareceu do nada na lareira.

Dou uma risada pela escolha de palavras e Harry coça a nuca envergonhado. Vejo um machucado em sua mão e franzo o cenho. Quando tento pegar sua mão, ele esquiva.

- Harry?

Ele limpa a garganta.

- El?

- Harry!

- El!

Seguro o punho dele a força e vejo sua mão. Estava escrito "Não devo contar mentiras" como se fosse gravado na pele dele.
Trinco meu maxilar.

- Quem fez isso?

Ele hesita.

- Umbridge.

- Vadia.

Começo a andar para ir até a sala da professora maluca quando Harry segura.

- Ei, ei, ei. Deixe pra lá. - ele pede.

- Deixar pra lá? Harry! Isso é abuso. - justifico - Você tem que falar pra Dumbledore!

- Você falou a Dumbledore que Snape já te deu um tapa? - retruca Harry.

É minha vez de hesitar.

- Olha, eu sei que é ruim, mas não tem nada que Dumbledore possa fazer. Eu prometo que vou tentar não pegar mais detenções. - ele diz.

Balanço a cabeça.

- Okay. Mas se você pegar, eu vou com você.

Harry arregala os olhos.

- O que? Não! Assim você vai--

- Harry, não vou te deixar sozinho. - interrompo - Você não tem que ser o herói toda hora, sabe?

Harry respira fundo, encostando na parede, eu fico ao seu lado.

- Acha que vai ser sempre assim?

- Espero que não. - murmuro - Você não deveria estar passando por isso, por nada disso. Você nunca fez nada de errado. Não... Não é justo.

Harry tomba a cabeça e me olha.

- Eu sei.

- Eu consegui sair dos Malfoy. - continuo - Eu consegui não pegar detenção com Umbridge. Por que eles fazem isso com você, Harry? Eu não entendo. Isso me deixa muito irritada, sabe.

- Você, irritada? - Harry pergunta - Acho que as únicas vezes que te vi irritada foi no terceiro ano quando achava que Sirius fosse assassino e esse ano quando Umbridge falou de Remus.

- Fico irritada quando falam de você também. - confesso, o olhando - É tudo besteira.

- Me conte alguma coisa legal. - ele pede.

Começo a pensar em algum fato legal para contar a Harry.

- Lily está se adaptando. - comento - A ajuda de Hermione foi muito boa. E contigo?

- Rony conseguiu um lugar no time de Quadribol como goleiro.

Franzo o cenho.

- Rony? Tipo, Rony Weasley?

- É. - Harry ri.

Balanço a cabeça.

- Olha, prometo que vou convencer o povo da Sonserina a não jogar sujo. Mas vocês não podem dar bobeira também. Se jogarem ruim, eu mesma vou torcer contra você.

Harry me olha com uma sobrancelha erguida.

- Você torcia pra mim antes?

Encolho os ombros.

- Seria estupidez não torcer para um jogador bom. O melhor de Hogwarts, na verdade.

Harry afirma.

- Se você torce pra mim, todos os pomos que eu pegar vão ser em sua homenagem. Mas tem que ser segredo. Não pega pra minha reputação fazer isso para uma cobrinha.

Rio.

- E você acha que paga bem pra minha eu torcer para o time rival? - indago.

Os olhos de Harry tem um brilho maroto.

- Vai ser nosso segredinho então.