Capítulo 1

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Quando os primeiros raios de sol surgiram, os animais ajustavam suas atividades. Alguns despertavam, enquanto outros, adaptados à noite, se entregavam ao repouso. No acampamento da tribo "Omaj pou Elder Star", cujo nome traduz-se como "Tribu das Estrelas Anciãs", habitava uma mulher encantadora de nome Jennifer. Ela mergulhava em um sono profundo, e à medida que os raios solares tocavam sua pele, seus olhos começavam a abrir com suavidade. Com um despertar gradual, ela se erguia, organizava seu leito com cuidado e se dirigia para fora de sua tenda. Assim, ela percebia que tinha sido a primeira a acordar entre os membros de sua tribo. Com passos suaves e cheios de consideração, ela se encaminha em direção à tenda de sua mãe. Sabia que os dias eram repletos de esforços e preocupações tribais, deixando-a exausta. Ao se deparar com a figura materna, ainda imersa em sono, opta por não perturbar esse merecido descanso. Contemplando o aposento, percebe a desordem causada pelos inúmeros cadernos espalhados, testemunhas das atividades anteriores. Um desejo interno a impulsiona a melhorar aquele ambiente, e Jennifer mergulha na tarefa com uma expressão serena, típica de alguém recém-desperto. A medida que ela pegava cada livro, seus olhos mergulhavam nas anotações meticulosas de sua mãe. Cada linha trazia à tona as noites sem sono que a mãe passava, preocupada com os destinos da tribo. Um momento especial ocorre quando, entre as páginas, surge uma figura profundamente familiar: uma imagem do Rei da Floresta. Essa representação trazia consigo anotações preciosas, diretrizes para manter a segurança desse ser majestoso e assegurar sua vigilância sobre a tribo. Essa descoberta agitava as reflexões de Jennifer. Desde a infância, ela escutava contos sobre essa entidade que governava a floresta, um guardião que mantinha o equilíbrio perante as criaturas monstruosas e a própria tribo. Ao pegar o livro com as anotações, Jennifer se acomoda suavemente na cama de sua mãe, que repousa tranquilamente. Diante das notas escritas por sua mãe no pequeno caderno cheio de significado, Jennifer as examina com serenidade. Enquanto observa cada palavra escrita e as imagens cuidadosamente desenhadas pela sua mãe, memórias da infância vêm à sua mente de forma confusa. Subitamente, a cama sob Jennifer se move com um suave balançar. Ao voltar o rosto na direção de sua mãe, percebe que ela está gradualmente despertando. Num instante ágil, Jennifer desliza o caderno entre suas vestes, ocultando-o com naturalidade. Ao focar sua atenção novamente na mãe, esta já está com os olhos entreabertos, erguida na cama. Seus olhares sonolentos se cruzam, e Jennifer, sem demonstrar qualquer perturbação, encara a mãe como se nada tivesse acontecido.

-Bom dia, mãe - Jennifer saúda, com um sorriso delicadamente oculto em seu rosto.

-Bom dia, minha querida. Por que acordou tão cedo? - A pergunta surge numa voz sonolenta.

-Estava pensando em treinar pela manhã, antes de todos acordarem - responde, um sorriso aparecendo, carregado de animação.

-Não exagere nos treinos, meu amor. Você sabe que preciso que esteja forte... - A voz soa firme, carregada de preocupação. A frase não alcança conclusão, interrompida pelo discurso da filha.

-"Para acompanhar os soldados no campo de batalha", eu entendo, mãe - Jennifer retorque, sua expressão assumindo uma seriedade firme.

-Eu sei que não é fácil ouvir isso, mas você entende a importância - continua a mãe, sustentando uma postura inabalável, a voz permanecendo séria.

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