Capítulo 17

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Enquanto os aviões se alinhavam para a investida, as bombas começaram a cair, rasgando o ar com um silvo ensurdecedor. As explosões começaram a quebrar a tranquilidade da ilha, criando nuvens de poeira e fumaça que se espalhavam como feridas abertas na terra. Árvores milenares eram arrancadas de suas raízes, rochas eram pulverizadas e a paisagem serena se transformava em um cenário de destruição.

O rugido das bombas e as explosões ensurdecedoras reverberavam pelas montanhas, um lamento agonizante que parecia ecoar nos corações daqueles que testemunhavam a devastação. A floresta, que uma vez fora um santuário de vida, agora estava sendo varrida por uma tempestade de fogo e fúria. O solo tremia sob o impacto das explosões, como se a própria ilha estivesse protestando contra o ato de destruição que estava sendo perpetrado contra ela.

A fumaça engolia o cenário, ocultando as maravilhas naturais que um dia haviam cativado os olhos dos exploradores. A luz do sol era bloqueada, mergulhando a ilha em uma escuridão opressiva. O ar era denso com o cheiro acre de fumaça e cinzas, uma lembrança constante da violência que estava ocorrendo.

À medida que as bombas continuavam a cair, as consequências do ataque começavam a se tornar evidentes. A natureza que antes florescia estava agora marcada pela destruição, com árvores carbonizadas e paisagens transformadas em destroços. A Ilha da Caveira, que um dia fora um santuário de beleza e mistério, agora estava marcada por cicatrizes indeléveis.

Quando a terrível realidade se desvendou diante de Jennifer, ela se lançou em uma corrida desesperada em direção a Kong, que se encontrava sentado, alheio à ameaça iminente. Ao cruzar seus olhares, a intensidade da expressão de Jennifer não passou despercebida por Kong. Sua voz carregada de fúria ressoou no ar, revelando a devastadora notícia.

-A ilha está sendo atacada.- Suas palavras carregavam todo o peso do perigo que pairava sobre o santuário.

Uma chama de fúria ardeu nos olhos de Kong, uma raiva indomável que se manifestava diante da ameaça que pairava sobre sua casa. Sem hesitar por um instante, ele ergueu-se, seus movimentos transmitindo uma determinação inabalável. Jennifer foi cuidadosamente colocada em seu ombro, agarrando-se a ele com firmeza enquanto um turbilhão de emoções a envolvia.

A fúria que percorria Kong agora se traduzia em ação. Ele partiu em uma corrida poderosa em direção aos soldados invasores, seu enorme corpo cortando o ar com a intensidade de sua determinação. No coração da batalha, soldados continuavam a detonar bombas, alheios ao perigo iminente. Enquanto isso os soldados que ocupavam os helicópteros estavam alertas, seus olhos treinados examinando a paisagem em busca de sinais de vida. As armas estavam prontas, o equipamento estava posicionado e o nervosismo percorria o ar enquanto eles esperavam pelo que estava por vir.

Então, de repente, um estrondo ensurdecedor ecoou pelas árvores, fazendo com que as folhas tremessem e os pássaros alçassem voo em um frenesi. A própria terra pareceu tremer sob o impacto, e um rugido profundo e poderoso reverberou pela clareira. Os soldados olharam para o céu, suas expressões misturando choque e fascinação, enquanto uma sombra colossal emergia das árvores.

Era Kong. O gigante gorila se erguia com uma majestade indomável, seu porte imponente revelando-se com cada passo que dava. Seus olhos inteligentes e vigilantes varreram a cena, capturando cada detalhe dos helicópteros e dos soldados. Suas pálpebras pesadas se ergueram, revelando um olhar que parecia conter um conhecimento ancestral da ilha e de sua própria posição como rei indiscutível.

Enquanto os helicópteros pairavam no ar, os soldados observavam Kong com uma mistura de admiração e cautela. Suas máquinas modernas e armas avançadas pareciam pequenas diante da presença imponente do gigante. A natureza parecia curvar-se à sua presença, uma manifestação viva do equilíbrio delicado entre o homem e a natureza.

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