Capítulo 55

11 0 0
                                    

-Sinceramente, eu torço para que esse dia nunca chegue. -Jennifer respondeu, um sorriso tímido acompanhando suas palavras. Ela estava transmitindo o desejo de que a ilha permanecesse um refúgio distante e inexplorado para o mundo exterior.

Carter compreendeu a essência desse sentimento nas palavras de Jennifer, assentiu com a cabeça e o falcão levantou voo, levando-o em direção aos outros soldados para que todos pudessem retornar em segurança.

Enquanto Carter partia, Jennifer voltou seu olhar para Kong, que a observava com sentimentos profundos. Kong estendeu sua imensa mão em um gesto afetuoso, oferecendo-lhe um lugar em seu ombro. Sem hesitação, Jennifer aceitou o convite e subiu, encontrando um lugar confortável em seu ombro. De lá, ela pôde apreciar a vista do horizonte, cuja beleza a deixou maravilhada.

-É belíssimo. -Ela murmurou, um sorriso iluminando seu rosto.

Kong compartilhou o momento com ela, olhando na mesma direção que Jennifer, um elo silencioso entre os dois que transcendia palavras.

O horizonte da ilha da caveira estendia-se diante dos olhos como um portal para um mundo selvagem e misterioso. O céu, vasto e amplo, parecia uma tela em constante mutação, pintada com uma paleta de cores que variava do azul profundo ao laranja ardente. O sol, um disco dourado, lançava seus raios sobre a paisagem, iluminando os contornos das montanhas e refletindo nas águas cristalinas que circundavam a ilha.

À medida que o dia avançava, nuvens macias se deslocavam pelo céu, criando sombras cambiantes sobre a terra abaixo. As sombras se estendiam como dedos longos e esguios, traçando padrões complexos sobre a vegetação e as formações rochosas. A brisa marítima balançava as folhas das árvores, como uma dança suave que acariciava a paisagem.

Ao longe, o oceano se estendia até encontrar o horizonte, onde céu e água pareciam se fundir em um espetáculo de cores e luz. A linha tênue entre o mar e o céu parecia um portal para o desconhecido, um convite para explorar além dos limites da ilha. À medida que o sol se aproximava do horizonte, o céu se transformava em um degradê de tons quentes e vibrantes, um espetáculo que parecia capturar a própria essência da ilha.

A silhueta das montanhas se recortava contra o céu, sua grandiosidade imponente parecendo tocar as nuvens. Os picos nevados reluziam sob a luz crepuscular, criando um contraste deslumbrante com o cenário verdejante abaixo.

O rugido do Kong ressoava como um trovão distante, um som que parecia emanar das entranhas da própria ilha. A potência do som fazia o solo vibrar sob os pés de quem o ouvia, como se cada nota fosse uma onda de energia que se espalhava através do ambiente. Era um rugido que transcendia a mera vocalização, uma exibição de força e autoridade que ecoava através da paisagem.

O som era visceral e profundo, um rugido que parecia carregar séculos de história e desafios superados. Cada grunhido era uma fusão de raiva, determinação e advertência. O ar carregava as vibrações da sua voz colossal, uma ressonância que ecoava através das colinas, das florestas e dos vales da ilha.

O rugido do Kong parecia inspirar reverência e temor, uma resposta natural ao poder que ele representava. Os pássaros alçavam voo em revoada, como se o som os tivesse acordado de um sono profundo. Os animais da ilha pareciam congelar momentaneamente, como se reconhecessem a voz do soberano que governava aquele território.

Beyond the VeilOnde histórias criam vida. Descubra agora