Capítulo 3

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No instante seguinte, uma criatura colossal rastejante surge diante de Jennifer. Sem hesitar, ela libera flechas que voam em direção ao monstro. Cada ataque é coordenado, enquanto suas próprias evasões são fluidas e instantâneas, uma dança letal entre agressão e defesa. No intervalo entre os embates, ela consegue afastar-se ligeiramente da criatura, permitindo uma análise mais atenta. É nesse momento que ela percebe a ausência de pernas na criatura, seu corpo sendo composto apenas por braços poderosos, uma cabeça imensa cravejada de dentes perigosos e uma espécie de proteção craniana feita de osso. A criatura a fitava com uma ânsia insaciável de destruição, seus olhos refletindo um desejo de extinguir a vida dela. Jennifer sustentava-se ereta, sua determinação forjando uma barreira contra a ameaça à sua frente. No entanto, seu foco é abruptamente interrompido pelo surgimento repentino de uma segunda criatura, tão intimidadora quanto a primeira, ambas partilhando uma aparência nefasta.

-Droga.- Um suspiro frustrado escapa dos lábios de Jennifer, suas feições tingidas de preocupação e inabalável firmeza.

Sem alternativas, Jennifer dispara em uma corrida pela grama, desesperadamente buscando distância das ameaças. Seu cérebro gira em busca de possibilidades: esconder-se, separar as criaturas, engendrar uma armadilha, qualquer estratégia que possa virar o jogo a seu favor. Adentrando a floresta tensa mais uma vez, o som de suas perseguidoras ainda ecoa, mas algo parece errado. Apenas uma delas continua o rastro, o desaparecimento da outra criatura é um enigma que ela não pode resolver no calor do momento. Continua correndo, sem espaço para questionar a ausência.

Em um piscar de olhos, a visão à sua frente muda drasticamente. Um amplo rio se estende diante dela. Uma ideia surge. A água escura do rio poderia escondê-la e oferecer uma oportunidade de ataque sem ser percebida. Sem hesitar, ela mergulha no rio, sua forma escura mesclando-se com o ambiente. Uma presença se aproxima, a criatura junto ao rio, alheia ao perigo. Jennifer ergue seu arco e flecha, concentração atingindo um ápice enquanto o disparo é feito. A flecha encontra seu alvo com precisão mortal, cravando-se no olho e então no cérebro da criatura. O corpo tomba, o perigo iminente neutralizado. No entanto, ela permanece alerta, sua adrenalina ainda em alta, porque a segunda criatura ainda pode estar por perto. Os momentos são preciosos, o ar no pulmão diminuindo. Não tem escolha senão emergir, seu corpo finalmente emergindo da água, recuperando o fôlego enquanto se prepara para o que vier a seguir. Após sua respiração finalmente retornar ao ritmo habitual, ela se ergue, os olhos explorando o entorno. Nenhum ser surge de imediato, mas isso não desarma sua vigilância. Essa decisão prova ser um escudo valioso, a âncora de sua segurança. No entanto, as forças sinistras não demoram a emergir das sombras. A criatura irrompe abruptamente da escuridão, precipitando-se em direção a Jennifer. A velocidade do ataque não lhe concede tempo para reagir, a investida é implacável. Contudo, no auge da ofensiva, uma mão colossal irrompe em seu campo de visão, capturando a criatura no último instante possível. O momento é eletrizante, a ação se desenrolando velozmente.

Seus olhos se elevam para o proprietário da mão, e o choque se espalha por seu ser. O ser que ela ansiava testemunhar, o grande Kong, está diante dela. Em um instante, um confronto épico se desencadeia, um combate titânico entre duas forças formidáveis. O choque, a surpresa e a tensão se entrelaçam, saturando o ambiente com uma intensidade avassaladora.

Com um rugido ensurdecedor, Kong avançou, suas mãos enormes fechadas em punhos formidáveis. O Skull Crawler não se intimidou, lançando-se para frente com suas mandíbulas abertas em uma tentativa de morder o gigante. Kong esquivou-se habilmente, sua agilidade contrastando com sua imensa massa. Ele retaliou com um golpe devastador, acertando o crânio do Skull Crawler com um soco que ecoou pela paisagem.

O monstro rastejante uivou de dor, suas escamas fendidas e o sangue verde-escuro escorrendo. Ferido, mas não derrotado, o Skull Crawler se reagrupou e investiu novamente, suas garras afiadas buscando a carne de Kong. A batalha prosseguiu com ferocidade, os dois titãs se enfrentando em um duelo de força bruta e estratégia.

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