Capítulo 30

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No entanto, a doçura do momento logo foi contrabalançada pela lembrança dos ferimentos de Kong, visíveis e inquietantes. A realidade dos perigos que os cercavam não podia ser ignorada. O foco de Jennifer mudou para cuidar das lesões do gigante. Ela nadou em direção ao braço de Kong, uma comunicação não verbal entre eles guiando suas ações. Kong compreendeu suas intenções e abaixou o braço, permitindo que ela alcançasse a área machucada.

O silêncio do rio foi quebrado apenas pelo suave murmúrio da água. Enquanto Jennifer trabalhava para limpar o ferimento, a atenção de Kong permanecia fixa nela, uma intensidade que transcendia as palavras. A conexão entre eles era palpável, uma ligação que ia além das circunstâncias perigosas que os envolviam.

Jennifer avaliou o ferimento com cuidado, aliviada ao notar que não era grave o suficiente para exigir cuidados médicos extensos. Com seu estoque de plantas medicinais esgotado, sua mente se voltou para o ambiente ao redor, em busca de recursos naturais para ajudar Kong. Uma pequena montanha, adornada com arbustos, capturou sua atenção.

-Você poderia me ajudar a ir até aquela montanha? Eu gostaria de buscar remédios para cuidar do seu ferimento. - Ela sugere, com um sorriso caloroso e acolhedor.

Ao compartilhar sua ideia com Kong, ele respondeu movendo seu braço, permitindo que ela subisse e se apoiasse nele para ser levada até a montanha. A confiança entre eles era evidente, uma colaboração baseada em entendimento mútuo. Assim que ela alcançou o topo da montanha, Kong a colocou com cuidado, sua mão retirando-se para retomar sua posição anterior.

Jennifer começou a explorar a área, mas uma sensação alerta a invadiu, uma inquietude que a fez perceber que não estavam sozinhos. Seus instintos entraram em ação, a tensão se acumulando em seu corpo enquanto ela mantinha sua fachada de aparente tranquilidade. Alguém estava escondido nas sombras, observando. Embora ela fizesse parecer que estava distraída, seus sentidos estavam aguçados, e sua mente calculava as opções diante dela, preparando-se para reagir caso a ameaça se concretizasse.

Jennifer focava na busca pela planta medicinal desejada, enquanto Kong mexia em sua ferida. Seus olhos se encontraram, expressando alarme e preocupação. Ela falou suavemente: "Kong, é melhor não mexer na ferida. Pode piorar o corte." Sua voz continha preocupação, mas também transmitia calma.

Kong interrompeu imediatamente seus movimentos ao ouvir as palavras de Jennifer. Seu olhar era como o de uma criança que cometera um erro e estava prestes a ser repreendida pela mãe. Jennifer percebeu isso e um sorriso discreto surgiu em seu rosto. Ela sabia que Kong não ficaria inativo enquanto ela colhia as plantas necessárias. Curiosa sobre o que ele queria, ela perguntou docemente

-Kong, o que você quer fazer enquanto colho as plantas?

Antes que Kong pudesse responder ou agir, seu estômago roncou alto e inesperadamente, respondendo à pergunta de Jennifer. Ela soltou uma risada contida ao ouvir o som do estômago de Kong.

-Se quiser, pode caçar comida, Kong. Se precisar de algo, vou chamar você.- Disse Jennifer com um sorriso sincero.

Kong hesitou por um momento. Estava faminto e um pouco entediado, mas também valorizava a companhia de Jennifer. Contudo, ao ver o sorriso tranquilizador dela, sua decisão ficou clara. Jennifer notou o sorriso maior de Kong e entendeu que ele estava pronto para buscar comida. Ele se levantou lentamente, suas ações gerando uma pequena onda de movimento devido ao seu tamanho. Com um último olhar para Jennifer, Kong começou a se dirigir à floresta. À medida que ele desaparecia na imensidão da natureza, o sorriso de Jennifer se desvanecia, revelando uma determinação que a preparava para qualquer desafio que pudesse encontrar.

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