Após minutos de avanço, silhuetas se materializaram à distância. Carter ajustou o foco de sua visão, compreendendo gradualmente que eram outros sobreviventes do seu esquadrão. Um sorriso de triunfo pintou os rostos dos companheiros, uma expressão compartilhada de alívio e gratidão pelo encontro.
Enquanto eles se aproximavam, Carter se dirigiu a um dos soldados, um misto de curiosidade e incerteza em sua mente. Ele inquiriu, sua voz refletindo o questionamento que pairava em sua mente.
-Quantos somos agora?. -Perguntou, curiosidade mesclando-se com seriedade em sua entonação.
Com respeito evidente, o soldado respondeu, carregando o peso de sua responsabilidade.
-Somos onze sobreviventes, senhor. -Comunicou, sua voz reverente ecoando em direção a Carter.
Carter soltou um suspiro profundo, uma manifestação de pesar que emanava de sua alma, ciente de que muitos de seus camaradas não teriam o privilégio de se reunir com suas famílias novamente. Contudo, mesmo diante dessa tristeza, uma centelha de alívio brilhava em sua mente pelo fato de ainda haver sobreviventes. Ele reuniu suas emoções, ocultando qualquer sinal de fragilidade, adotando uma postura de neutralidade que transmitia esperança aos soldados que o cercavam.
Com determinação, Carter quebrou o silêncio, sua voz ecoando com um equilíbrio cuidadosamente calculado entre calma e autoridade.
-Temos apenas quatro dias para alcançar o ponto de suporte, onde finalmente teremos a oportunidade de deixar este lugar. Por favor, usem munição com parcimônia; nossos recursos são limitados, porém nossa jornada não pode parar. Com um pouco de sorte, talvez consigamos evitar outros encontros com criaturas. - Carter transmite suas palavras com uma calma que esconde uma certa autoridade em sua voz.
À medida que os soldados absorviam suas palavras, compreenderam a seriedade da situação. Carter, uma figura de liderança sólida, havia traçado um plano claro. Enquanto ele os guiava, seus passos carregavam não apenas a promessa de segurança, mas também a resiliência que todos precisavam manter para sobreviver.
Carter deu o primeiro passo na direção do caminho pelo qual o rio serpenteava. Era uma escolha prática, uma busca pela eficiência na jornada em direção ao ponto de encontro. A paisagem em constante mudança era uma mescla de belezas naturais e perigos latentes, um lembrete constante da dualidade desse ambiente implacável.
A floresta se desdobrava diante dos olhos como um mundo encantado de cores e texturas. Árvores majestosas, com troncos que se erguiam em direção ao céu, criavam um dossel verde que filtrava a luz do sol em raios suaves e dispersos. Os raios dourados penetravam as folhas, criando uma dança de sombras e reflexos no chão coberto de folhagem.
O solo da floresta estava coberto por uma camada espessa de folhas, galhos caídos e musgo macio. Cada passo era um afundar suave, um encontro com a textura orgânica e terrosa da natureza. Raios de luz ocasionalmente penetravam através das lacunas nas árvores, iluminando pequenas clareiras onde flores e plantas de diferentes cores desabrochavam como joias escondidas.
O ar estava impregnado com um aroma terroso e fresco, misturado com o perfume do musgo e da vegetação circundante. A sinfonia da floresta era uma mistura de sons naturais: o murmúrio constante do vento nas folhas, o canto de pássaros distantes, o gorjeio de insetos e, ocasionalmente, o chamado de um animal, ecoando como um segredo compartilhado entre as árvores.
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Beyond the Veil
AcakHá séculos, perdida em meio ao vasto oceano, uma ilha misteriosa permanecia oculta do mundo moderno. Conhecida apenas como Ilha da Caveira, ela era um lugar de lendas e mitos, onde a natureza reinava soberana e criaturas extraordinárias viviam em ha...